OUÇA | O que pensam os gaúchos sobre Tipificação de Carcaça?

Por iniciativa do Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva (NESPro), essa é a pergunta que pesquisa de mestrado pretende responder

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Embora haja um modelo brasileiro de Tipificação de Carcaça Bovina, sua aplicação é polêmica há décadas, assim como a rastreabilidade.

De tempos em tempos surge um movimento, mas até aqui só gerou assimetria. A mais nova empreitada é uma pesquisa acadêmica trazida por Carina Damé dos Santos.

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Ela é zootecnista, integrante do NESPro e mestranda da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O levantamento é dirigido a pecuaristas gaúchos que, no abate de animais, já sentiram diferenças. As informações serão apuradas por meio de um questionário e pretende entender a percepção sobre o tema.

O professor titular do departamento de Zootecnia da universidade, Júlio Otávio Jardim Barcellos, também coordenador do NESPro e orientador de Damé, é quem introduz o assunto e destaca a importância da tipificação, até como defesa da remuneração dos produtores, pela indústria local.

O médico veterinário Júlio Barcellos, coordenador do NESPro/UFGRS (Foto: Arquivo pessoal)

OUÇA  os comentários de Júlio Barcellos

Carina Damé acrescenta que a indústria é quem aplica a tipificação e que embora exista o modelo brasileiro para qualificar as carcaças, “muitos frigoríficos aplicam seus próprios parâmetros”. Então isso gera uma assimetria de informações e muitas dúvidas ao produtor.

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A mestranda cita que se “o produtor enviar para abate lotes de mesmo padrão para frigoríficos diferentes, provavelmente ele obterá um retorno financeiro distinto e, nesse caso, se o modelo brasileiro fosse obrigatório, possivelmente não existiriam tantas distorções”.

Foto: Arquivo pessoal

OUÇA  os comentários de Carina Damé

Mas há desafios para os pecuaristas gaúchos, caso um modelo único de tipificação de carcaça bovina venha prevalecer.

Nessa hipótese, “teríamos animais mais qualificados e lucrativos frente a outros, gerando remunerações diferentes”, o que poderia puxar muitos produtores a um esforço ainda maior de criação.

Os produtores interessados em participar da pesquisa, manifestando suas informações e interagindo com o conhecimento disponível, pode fazê-lo acessando AQUI.

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