Os impactos econômicos do melhoramento genético nos rebanhos comerciais são incontestáveis e estampados por pesquisadores e técnicos da pecuária nacional. Contudo, os investimentos em animais comprovadamente melhoradores estão longe de ser uma unanimidade.
Um dos termômetros são os indicadores de comercialização de sêmen e embriões. Há muito o que crescer. Em 2022, por exemplo, por volta de 23 milhões de doses foram comercializadas, o que não atende nem 20% das vacas disponíveis.
Continue depois da publicidade
Na pecuária comercial do Brahman Vitória, marca da família Ferreira liderada por Alexandre e o filho João, engenheiro agrônomo, o melhoramento genético do rebanho já conta com 20 anos de trabalho.
“Quando começamos, matávamos bois de 17 arrobas aos 3,5 anos de idade. Hoje, esse peso subiu para 23@ e o tempo de abate, caiu para 22 meses, na média”.
A informação vem de Alexandre que também é selecionador de gado Brahman, raça norte-americana parceira e principal promotora do melhoramento do rebanho comercial, que conta com uma base de fêmeas Nelore e Brahmanel (Brahman x Nelore).
OUÇA os depoimentos de João Ferreira
O melhoramento genético acaba por encurtar o ciclo pecuário e incrementar a produtividade. “Faz-se muito mais com muito menos”.
Continue depois da publicidade
A eficiência alimentar, por exemplo, reduz o consumo da dieta para produzir o mesmo quilo de carne. Já a precocidade aumenta a velocidade com em que se produz uma arroba de peso.
Outras características selecionadas, melhoram a capacidade de terminação (velocidade, ganho de acabamento de gordura e rendimento de carcaça), no confinamento e, principalmente, a qualidade da carne que se produz, abrindo espaço para agregar valor por meio de bonificações diversas.
OUÇA MAIS
Na recria é que se ganha dinheiro com pecuária
Para ganhar mais com boi em 2024 (Parte III)
Uma luz vermelha na produção de leite bovino
Para o mercado de leilões, dias melhores virão