OUÇA | Fêmeas em bom estado é dinheiro no bolso

A estação de monta vai se aproximando. É tempo de abrir os olhos para as condições de bem-estar geral das fêmeas que participarão do período

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Há três anos, o Grupo Especializado em Reprodução Aplicada ao Rebanho (GERAR) informou que a taxa de prenhez das fêmeas na estação de monta de 2020/2021 registrou média de 51,5%, a partir de quase 9,5 milhões de dados coletados em pouco mais de 1,5 mil fazendas de quatro países e 17 estados brasileiros.

O índice é baixo diante das tecnologias nutricionais, sanitárias, de manejo e melhoramento genético, disponíveis.

Entre tantos aspectos que interferem na sua composição, a condição das fêmeas em reprodução parece ser decisiva para os especialistas. E para proporcioná-la, alguns cuidados devem ser atendidos.

Alessandra Corallo Nicacio é pesquisadora da Embrapa Gado de Corte (Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte – CNPGC, em Campo Grande, MS) especializada e dedica seu trabalho à reprodução bovina, principalmente de fêmeas de corte. Ela tece um contexto para a questão.

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Foto: Arquivo pessoal

OUÇA  os comentários de Alessandra Nicacio

Trabalhar as condições de desenvolvimento e vida das fêmeas, na fazenda, considerando bem-estar animal, é fundamental na produtividade e rentabilidade de um rebanho.

Mais bezerros, resulta em mais produto para o negócio com o frigorífico; mais terneiras, em reposição garantida para manter um ciclo cada vez mais curto de reprodução.

Segundo a cientista, há várias configurações de fêmeas, atualmente, trabalhando na bovinocultura de corte brasileira. Para ela é preciso considerar se são novilhas superprecoces (bezerras), precoces, em tempo, primíparas, em 2ª concepção ou multípiras.

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Além disso, se são zebuínas (especialmente, Nelore), F1 (produto de zebuíno com taurino) ou puras taurinas.

Uma experiência em destaque

Um dos casos de sucesso no Mato Grosso Sul, em atividade de cria – bem-verdade com muito aproveitamento dos próprios bezerros – é o da Agropecuária 2A, liderada por João Paulo Teles, pecuarista também diretor da Associação da Confraria da Carcaça Nelore, entidade que trabalha a melhoria da carcaça e carne da raça.

Foto: Arquivo pessoal

OUÇA  o comentário de João Paulo Telles

A Embrapa possui vários estudos que apoiam a reprodução bovina em condições tropicais e subtropicais. Nos próximos dias, o Portal DBO trará outras informações e experiências bem-sucedidas. Melhorar a taxa de prenhez do rebanho é incrementar o caixa e colocar mais satisfação no trabalho.

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