As braquiárias viabilizaram a pecuária bovina no cerrado brasileiro a partir do final da década de 1960. Contudo, muitas áreas começaram a se degradar já na década de 1990 e a produtividade caiu.
Paralelamente, a criação começou a sofrer concorrência com outras culturas, especialmente as de grãos, o que a pressionou melhorar sua rentabilidade.
Alessandro Oliva Coelho, presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Corguinho e Rochedo, municípios de Mato Grosso do Sul e que é um pecuarista, assistiu essa transformação e teve que se reinventar.
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De família tradicional na pecuária de corte, os “Coelho”, ele, desde o início dos anos 2000, investiu na intensificação, tratando a pastagem como cultura agrícola. Em sua trajetória, muitos erros. Porém, foi mudando e hoje já não esconde sua satisfação.
Coelho possui várias propriedades (Campo Grande, Nova Alvorada, Maracaju e Porto Murtinho), até com modelos diferentes, inclusive uma pequena para atividade leiteira. A que é motivo dessa reportagem é a Arandu e foi herdada do pai, Hamilton Lessa Coelho.
Com 2 mil hectares, faz pecuária de ciclo completo, contando até com confinamento próprio. Atualmente trabalha com 3 UA/ha, em média, índice bastante positivo para a região e seguro no enfrentamento da seca em anos mais severos. Mas há 20 anos era menos de 1 UA/ha.
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os comentários de Alessandro Coelho
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Por outro lado, a aquisição de tecnologias é uma aliada, conforme matéria publicada na semana passada aqui no Portal DBO (Forrageiras para intensificar a pecuária e segurar a seca) sobre os benefícios das novas variedades.
A experiência de Alessandro Coelho empreendendo a tecnificação de sua produção leva em conta erros e acertos, além de muita pesquisa e assistência de profissionais competentes.
“Investir para mudanças com austeridade e segurança envolve estar cercado do máximo de conhecimento técnico e até científico; embora muitas vezes não haja o que fazer. É preciso desbravar”, reforça.
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