Dia Mundial da Água: uma pecuária que faz a lição de casa; ouça

Um alinhamento entre a ciência, fornecedores de insumos e pecuaristas é a base para a formação de uma cultura hídrica e conservação da água

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Foto: Divulgação

Quando comparados os usos da água pelas grandes cidades, incluindo domicílios e indústrias, e pelas propriedades rurais, a percepção é de que o campo está na frente quanto a um manejo mais adequado do recurso.

Mas a ideia de abundância parece a mesma, salvo em regiões que sofrem com grandes estiagens, onde, principalmente, ainda não se aprendeu a captar água das chuvas e reservar para o consumo de humanos, animais e lavouras.

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Um dos grandes especialistas de água, no Brasil, para o agronegócio é Julio Cesar Pascale Palhares, pesquisador da Embrapa Sudeste (São Carlos, SP). Para ele, “é preciso avançar e internalizar uma cultura de boa gestão e conservação da qualidade da água”.

Foto: Arquivo pessoal

OUÇA  o comentário de Julio Palhares

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A chuva que cai – Além dos “rios voadores”, o Brasil dispõe de aquíferos volumosos como o Guarani e o recém-descoberto sob a bacia amazônica. Isso dá uma ideia de abundância e esconde a pergunta “pode acabar?”. Do encontro de pensamentos e raciocínios, especialistas entendem que nascerão respostas.

Fernando Loureiro Lima, médico veterinário e diretor da Rubber Tank, empresa fabricante de equipamentos para o fornecimento de água nas fazendas, no Mato Grosso do Sul, explica que sua preocupação com água está mais voltada à qualidade do que com a escassez.

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OUÇA  os comentários de Fernando Lima

Raciocinando, nas áreas de transição para o semiárido brasileiro, o índice pluviométrico anual é de 700 mm, concentrados. Cada 1 milímetro de chuva representa 1 litro de água derramada em um metro quadrado ou, em cada hectare (10 mil m2), 10 mil litros de água.

Com o índice do semiárido, em uma fazenda de 1 mil hectares, chove 700 milhões de litros d’água por ano. “É abundância para muitas culturas”, afirma Loureiro. Para ele, os produtores precisam aprender a administrar a chuva e reservar a água por meio de uma série de recursos existentes, incluindo açudes e cisternas.

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E continua. “Em uma chuva modesta de 5 mm, logo, derramando 5 litros de água por metro quadrado, um barracão de 15mx30m (450 m2), pode reservar 2,25 mil litros de água. Claro que engenheiros e agrônomos podem dimensionar melhor tudo isso, até para uso de irrigação”.

O raciocínio para a pecuária bovina de corte – Na mesma toada, uma fazenda hipotética de 1 mil hectares e de média tecnologia, teria então 1,2 mil UA, ou 1,64 mil garrotes de 10-12@, por exemplo, bebendo 35 litros de água por dia, cada, em média. Seriam necessários 28,7 mil litros/dia de água ou 10,5 milhões de litros/ano.

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Logo, no semiárido com a pluviosidade média de 700 mm/ano, ou seja, 700 milhões de litros de água disponíveis, há abundância. Quase 7 vezes mais do que o rebanho pode beber. Contudo, Loureiro reconhece que, para funcionar, há a necessidade de investimentos, cujos recursos muitas vezes não estão à mão.

De qualquer forma, o empresário tem uma percepção de que a consciência dos produtores, em especial, dos bovinocultores, é crescente, recebendo investimentos programados e valorizando suas produções em um mercado cada vez mais exigente nessas questões de sustentabilidade.

Onde a água é fundamental – Com unidades em São Paulo e Mato Grosso do Sul, as Fazendas União do Brasil (FUB) são um conjunto de propriedades tecnificadas com lavouras, pastos irrigados e estruturas como um confinamento, produzindo carne de qualidade e marca a partir da seleção do gado Santa Gertrudis.

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A FUB pertence ao pecuarista Antonio Roberto Alves Corrêa, bastante conhecido por seus investimentos em um sistema de produção racional e eficiente, por todos os critérios de sustentabilidade, onde a utilização da água merece um capítulo especial, até com aproveitamento de dejetos.

As áreas de mananciais e aguadas são protegidas do acesso de animais. Açudes fazem a reserva da água de chuva e a propriedade onde está o confinamento (Buri, SP) é servida por um rio. Além disso, há um sistema de acomodação de drenagem das chuvas para evitar erosão e degradação do solo.

Todos os bovinos são dessedentados a partir de água encanada, servida em bebedouros bem dimensionados. Corrêa entende que a água é ponto de partida para os animais responderem à dieta, manifestarem plenamente seu potencial genético e oferecem carne de qualidade, que “é seu negócio”.

Foto: Arquivo pessoal

OUÇA  os comentários de Antonio Roberto

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