Seis ações para minimizar falta de chuva fora de época; ouça

Estiagens ou veranicos fora de hora podem incidir com mais severidade pelas mudanças climáticas, mas não são episódios incomuns. O pecuarista é quem deve saber o que fazer.

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Todos os anos ocorre uma estação seca ou ainda períodos de estiagem, dependendo da temporada. Na safra 2023/2024, atraso de chuvas e irregularidades na sua incidência, basicamente no Centro-Oeste, ameaçam a produtividade não só agrícola como pecuária.

Mas técnicos e produtores experientes entendem que “o importante é estar pronto para suas interferências no sistema produtivo”.

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Para eles, é preciso estar preparado para esse momento, ajustando as atividades de modo que os impactos sejam minimizados e o prejuízo não comprometa a saúde do negócio.

Um desses especialistas é Alexandre Campos Gonçalves, engenheiro agrônomo e diretor da Alecrim Consultoria, e quem dá norte a esse contexto.

As alterações de climas e intempéries se sucedem em ritmo possível de atendimentos pelas tecnologias e o “saber fazer”, com mais ou menos sucesso, para com “perenidade”.

Foto: Arquivo pessoal

OUÇA  os comentários de Alexandre Campos

1. O primeiro ponto a ser observado é a água, o nutriente principal da produção. Nos períodos de seca, em algumas regiões. ela fica muito escassa e é preciso estar pronto, avaliando quantos animais estão em criação ou chegarão – a demanda de água por período – para os devidos reservatórios, não importando se escavados ou construídos. Sem água não há desempenho animal!

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2. O manejo do capim é simples e essencialmente deve ser feito. Ao se aproximar de uma seca, a reserva de pastos garante. As antigas invernadas ou um espaço onde o capim fica com quantidade de folhas pouco maior, mesmo que elas já comecem a entrar em processo de secagem, são fontes importantes e merecem atenção. Simplesmente são a saída.

3. Mas quando se lida com alimento de qualidade nutricional menor, nesse caso em função do estresse hídrico das forrageiras, é preciso oferecer suplementação para se evitar perdas nas várias etapas dos bovinos de corte. Do sal mineral comum ao proteinado, com ou sem aditivos, pode-se socorrer o gado. Em boa parte dos casos são suficientes.

De Olho no Campo | Sistema estratégico de “sequestro” garante a nutrição do gado na seca

4. Basicamente, todas as ações anteriores, mais ou menos dependem de planejamento prévio. Em resumo, dizem respeito à reserva de água, forrageira e oferta de suplementação – energia e ou proteína. Muitas vezes há a necessidade de buscar no além porteiras ingredientes de uma dieta de urgência, com equilíbrio entre qualidade e capacidade de caixa.

5. Outra importante ação para enfrentar veranicos pontuais e a seca anual são os confinamentos. Aliás, um sistema intensivo pode acontecer até mesmo no pasto, com cochos devidamente dimensionados para servir a todos com a mesma oportunidade. Mas podem acontecer em estruturas mais direcionadas, essas praças de alimentação exclusivas. Por meio delas se liberam áreas de uma carga animal no pastejo e se redistribui o gado. Essas estruturas são mais utilizadas para terminação.

Foto: Arquivo pessoal

Observação: importante lembrar que quando a estratégia é confinamento, sem discussão tudo começa antes, preparando a oferta de volumoso e concentrado, com as devidas lavouras ou aquisições de ingredientes para fugir de problemas.

O alívio de parte das pastagens na seca, retirando animais para o confinamento é um desenho de sucesso, já que alivia a produção de capim. Vale lembrar que como último recurso há o “boitel”, porém, uma alternativa que implica em divisão de lucro.

6. Em situação mais difícil – onde não houve planejamento – o ajuste de carga animal por venda é a alternativa. Nesse ponto, vende-se os animais menos custosos paro o sistema, em médio prazo. Um programa de descarte planejado retira os animais menos interessantes, ainda que por preços insatisfatórios. É estratégia final e, às vezes, no desespero, geralmente feita de maneira equivocada.

Pecuárias em Mato Grosso do Sul – No Mato Grosso do Sul, o atraso das chuvas e veranicos mais isolados que as unidades da federação do Centro-Oeste, foram mais amenos – mais ou menos sentidos. Mas quem está preparado consegue minimizar.

É o caso da Agropecuária Maragogipe, de Wilson Brochmann (foto), com gado de cruzamento industrial e produtor de carne diferenciada em qualidade.

Também agricultor, ele cita como termômetro a soja. “A de sequeiro prejudicou bastante, mas as irrigadas com pivôs estão produzindo muito bem”, explica. Já pecuária de corte, ele não teme e sinaliza como tudo positivo. “Tínhamos boa reserva de pasto. Essas coisas não surpreendem mais”, reforça.

E nas propriedades do Grupo Joia da Índia, o contexto não é diferente. Vinícius Tavares de Oliveira, médico veterinário e gestor de propriedades, inclusive no Pantanal e Bene, também o planejamento se mostra salvador, tanto que pode desviar sua atenção e voltar energia para “La Niña” que está chegando.

OUÇA  os comentários de Vinícius Oliveira

 

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