Apesar do estresse provocado pela separação de suas mães, esses bovinos na desmama estão no auge do seu potencial de desenvolvimento. Além de cuidar do bem-estar animal, adotar a melhor estratégia nutricional é fundamental para assegurar produtividade e renda ao negócio.
Segundo Guilherme Silveira, diretor da Silveira Consultoria, o grande estresse imposto a bezerrada pela separação de suas mães já é motivo de redução da imunidade e aumento da suscetibilidade a patógenos.
Para agravar, no Brasil, o período coincide com a chegada do período seco – a partir do final de abril; portanto, de um comprometimento importante da oferta de volumoso pelas pastagens. Logo, “quando ignoramos esse cenário, jogamos fora todo o potencial genético dessas crias”, salienta.
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A decisão desse ou daquele modelo de suplementação acontece tendo como base uma boa compreensão do sistema de produção da fazenda. A oferta de volumoso é ponto de partida. Quanto maior e melhor essa disponibilidade, melhor resultado no ganho médio diário (GMD), por exemplo.
Para o técnico, “trata-se de uma ótima alternativa de criação até que o novo período de chuvas se apresente”, explica. No entanto, ele alerta que é preciso ter cuidado para não fornecer uma super dieta, pois no retorno ao pasto é preciso manter o mesmo ganho de peso.
“O fornecimento de muita energia e proteína pode produzir os chamados ‘animais bolinhas’, condição difícil de reverter em ambiente de pastagem. Além disso, possivelmente, a propriedade incorrerá em desperdício de dinheiro”, afirma Silveira.
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Uma forma de promover uma desmama mais promissora e menos dispendiosa do que as citadas acima é possível quando a propriedade trabalha com Integração Lavoura Pecuária (ILP), em função dos pastos de altíssima qualidade que pode ser oferecido.
Nesse caso, uma suplementação de um adensado de 0,04 ou 0,05 do peso vivo é barata e muito efetiva, com ganhos compatíveis ao confinamento com suplementação de 0,6% (PV). Apenas deve se ter cuidado com a transição para a pastagem comum. Nesses casos, um sequestro curto (30 a 45 dias) é a saída.
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