E obviamente a região Norte – Amazônia – atrai toda a visibilidade devido ao desmatamento, ainda que não seja único alvo dos crimes. O cerrado vem sendo bastante castigado.
Quem chama a atenção para os fatos são pastas governamentais e o pesquisador da Embrapa Gado de Corte, unidade de Campo Grande (MS), Roberto Giolo de Almeida.
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os comentários de Roberto Giolo
Números desenham o cenário
Segundo levantamento dos ministérios do Meio Ambiente e da Ciência de Tecnologia, divulgado no início de julho, os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 51,1% de agosto de 2023 a junho de 2024, em comparação com os 11 meses anteriores. O Estado do Amazonas mantém mais de 95% da sua mata preservada.
Esta foi a maior queda desde 2016. Ainda assim, o desmate atingiu 3.644 km². Em contrapartida, a destruição ambiental no Cerrado cresceu 14,6% no mesmo período, atingindo 6.571 km² de devastação. O sistema de monitoramento via satélite reuniu dados entre agosto de 2023 e junho deste ano.
A queda do desmatamento na Amazônia foi puxada pelos resultados de quatro Estados: Pará (47,3%), Mato Grosso (53,3%), Amazonas (55,7%) e Rondônia (66,7%). O bioma ainda registrou queda de 59,3% nos 70 municípios prioritários definidos pelo Ministério do Meio Ambiente.
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Reter carbono é o alvo
Claro que o desmatamento é caso de polícia e merece um levante da sociedade brasileira, como um todo, agentes da sojicultura e bovinocultura, principalmente de corte, tem caminhos a percorrer, combatendo ações criminosas com sustentabilidade, com a redução da pegada de carbono.
Esse movimento da sociedade e das políticas públicas em torno de uma defesa clara pelo agronegócio brasileiro, com mais ou menos recursos de cada lado; mas que valem pela construção do futuro, embora passíveis de julgamento, podem ser acompanhadas em noticiários quase diários.
Pelo lado privado, são muitas notícias sobre investimentos em, por exemplo, bem-estar animal, proteção de aguadas e implantação de sistemas integrados (ILP, ILPF e até IPF). Mas há ainda esforços públicos com planos nacionais e estaduais similares ao ABC e outros.
E temos nossa Embrapa
A Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa) vem lado a lado com o agropecuarista há 50 anos. Em quase todas as unidades da federação, ela possui filiais, sempre aproveitando o que há de melhor em vocação. Na bovinocultura, desenvolveu inúmeras tecnologias, hoje, consagradas.
A Embrapa trabalha em todas as frentes, das pastagens à suplementação, sanidade, reprodução, manejo e até gestão. Sustentabilidade ganhou muita força, nos últimos anos, embora sempre estivesse como objetivo implícito. Atualmente, seus pesquisadores dispõem até de protocolos para a produção de uma carne de melhor qualidade e sustentável.
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