Em fevereiro/24, o mercado de reposição em Mato Grosso seguiu a tendência de baixa dos meses anteriores, segundo apuração da Agrifatto.
Na média das categorias analisadas, o preço das fêmeas recuou 1,1% no comparativo mensal (janeiro/24 versus fevereiro/24), enquanto para os machos a queda foi de 1,5%.
Segundo a Agrifatto, o pior desempenho foi registrado para as fêmeas de 6@, que tiveram um recuo de 3,2% no comparativo mensal e fecharam fevereiro/24 cotadas a R$ 193/@ (R$ 1.160/cabeça) – o menor valor dos últimos cinco meses.
Por sua vez, diz a Agrifatto, para os machos, o pior desempenho foi registrado para o animal de 7@, que fechou fevereiro/24 com queda de 2,2% e ficou cotado em média a R$ 249/@ (R$ 1.746/cabeça) – também o menor valor desde setembro/23.
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“A pressão no mercado de reposição pode estar atrelado ao mercado físico do boi gordo, ainda cambaleante”, justifica a Agrifato.
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Pelos dados da consultoria, no mês passado, o preço do boi gordo no Mato Grosso, segundo o indicador Agrifatto, recuou 0,15% no comparativo mensal, enquanto a vaca gorda sofreu baixa de 0,91%.
“Ou seja, como não há grandes estímulos no setor de engorda, a pressão compradora efetivada pelos recriadores é fraca”, ressalta.
Quando se avalia anualmente os preços da reposição, continua a Agrifatto, nota-se que a pressão negativa imposta pelo excesso de oferta (consequência da retenção recorde de fêmeas de 2020/22) foi capaz de reduzir em mais de 1/5 o valor dos bovinos jovens desde fevereiro/23.
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Na avaliação da Agrifatto, para março/24, o mercado de reposição deve continuar bem ofertado e com preços ainda pressionados, mas de maneira menos intensa que em fevereiro/24.
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Dados Scot – Em São Paulo, março começou com quedas nas cotações em algumas categorias de bovinos de reposição, segundo apurou a Scot Consultoria.
Contudo, durante essa semana, as cotações dos bovinos machos para desmama e do garrote tiveram ajustes positivos (1,7% e 1,2%, respectivamente).
Na comparação semanal, para as categorias de bezerro de ano e boi magro, a pressão baixista permaneceu ao longo da semana, com queda de 1,0% e 0,4%, respectivamente.
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Segundo a Scot, as cotações de todas as categorias de fêmeas destinadas à reposição na praça paulista subiram durante a semana, com valorizações de 2,9%, 2,5% e 2,0% para a categoria de bezerra de desmama, de ano e vaca magra, respectivamente.
Por sua vez, para a novilha, categoria com maior valorização no período, houve acréscimo semanal de 3,8% na cotação.
“Apesar da reposição em 2024 estar menos pressionada que em 2023 e da valorização da cotação de algumas categorias no Estado paulista, a expectativa é de que, pelo menos no primeiro semestre deste ano, o mercado siga pressionado”, destaca a consultoria.