Espaço Ponta

Grandes confinamentos reforçam a intensificação com o apoio da tecnologia

Escalada da atividade está sendo viabilizada pelo aumento na eficiência do controle individual dos animais, o que só é possível por meio de uma gestão completa dos processos produtivos

O primeiro confinamento do Brasil data de 1961, com produção inicial de 3 mil animais. Após 62 anos de intensificação da pecuária, o sistema de confinamento foi responsável pelo abate de 6 milhões de cabeças no ano passado, segundo o Beef Report 2022, da Abiec, representando 15,4% do abate total de animais no ano. O crescimento e a profissionalização do setor foram impulsionados, em grande medida, pelo avanço da tecnologia e pela sua ampla adoção pelos confinadores.

 Com o uso de ferramentas avançadas de gestão, que permitem o controle individual dos animais e gerenciam todos os processos produtivos, os confinamentos puderam ampliar o número de cabeças confinadas e se tornaram grandes indústrias a céu aberto, que produzem o ano todo. Segundo Paulo Dias, CEO da Ponta e criador do TGC GA (Tecnologia de Gestão de Confinamentos), software de gestão usado pelos principais confinadores, inclusive em grande parte dos listados no Ranking Top 20 Confinamentos, feito por DBO, esse crescimento não seria possível sem o controle individual dos animais em produção.

 “A maioria dos confinamentos atuam com diferentes modelos de negócio, incluindo a produção de rebanho próprio e de terceiros em diferentes modalidades de contrato de prestação de serviço. O sucesso da terceirização da fase de terminação está diretamente ligado à segurança do controle de cada contrato, dos custos e do desempenho de cada animal, dando mais transparência na relação entre os boitéis e seus parceiros”, analisa o executivo.

Com a palavra, o usuário

“Sem exageros, o TGC é o coração da gestão de dados da nossa atividade, porque esse software tem a capacidade de registrar tudo o que acontece no ambiente de produção e de mensurar o desempenho de todos os processos. Isso gera um grande volume de dados e de informações com muita acurácia, o que nos respalda na gestão e na tomada de decisão”, explica Neto Sartor, sócio da Maximus Agronegócio, projeto que opera no interior paulista e que confinou, no ano passado, mais de 92 mil cabeças, entre próprias e de terceiros, sendo um dos destaques do Ranking da DBO. “A ferramenta tem a capacidade de abastecer nossa plataforma de gestão em um nível de detalhe bastante profundo, no individual, o que nos permite uma série de análises. É inimaginável tocar o confinamento sem ela”, complementa.

 Neto Sartor conta que utiliza a solução da Ponta desde 2017, exatamente quando começou a operação de confinamento, e que o software agrega todas as informações dos animais, dieta e consumo do rebanho, custos, estoque, abate, dentre outras questões, e que tudo isso se desdobra em relatórios que concedem uma visão atualizada, completa e real do negócio. “Tudo fica acessível com poucos cliques”, completa o produtor. “Tivemos um grande avanço quando conseguimos conectar nossa controladoria interna ao banco de dados do TGC. Isso nos traz relatórios detalhados que nos ajudam a identificar falhas e a corrigir rotas.”

 “A maioria dos confinamentos não sabe qual é, de fato, a sua eficiência em processos cruciais, como os de nutrição. Confinamentos que não usam tecnologias de gestão e não automatizam esses processos têm, em média, perda de eficiência em torno de 30% a 40%. Isso é muito dinheiro para jogar fora e estamos falando de uma quantia que paga, facilmente, todo o investimento em tecnologia já no primeiro ciclo”, esclarece o CEO da Ponta. O TGC é responsável pela gestão de 68% dos animais confinados e abatidos anualmente no Brasil.

Margens estreitas exigem ainda mais eficiência na gestão dos confinamentos

A cada ano, os confinamentos brasileiros estão evoluindo em termos de automação, sustentabilidade, bem-estar animal e precisão na nutrição. Esse último quesito, inclusive, merece um destaque especial, já que o desembolso com nutrição representa quase 90% do custo total de produção em um confinamento, de acordo com estudo feito pela Ponta, empresa que é resultado da fusão entre a Gestão Agropecuária e a Intergado. E como a tecnologia tem um papel essencial para a gestão e os resultados de um confinamento, a DBO conversou com o CEO da Ponta, Paulo Dias, empresa que atende 68% do mercado de confinamento no País, para tratar do impacto das tecnologias de automatização para esse importante sistema de produção, tão necessárias para o planejamento de compra de insumos, da dieta e da gestão de estoque.

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