Enterrar uma rede hidráulica que ligue o reservatório aos bebedouros dá trabalho. Para começar é preciso abrir uma fenda no pasto, com o auxílio de implementos como arado ou sulcador de base larga. Essa operação, no entanto, raramente é suficiente. Na maioria das vezes o produtor se vê obrigado a pegar uma ferramenta, geralmente um enxadão, e manualmente, completar o serviço, de modo que a tubulação – canos ou borracha – fique bem acomodada dentro da vala. A etapa seguinte é cobri-la de terra, valendo-se de uma plaina ou até mesmo de enxada. Com a popularização do WhatsApp, no entanto, estão vindo à tona equipamentos inventados por produtores que permitem o enterrio da rede hidráulica de forma mais prática e rápida, numa única operação.
Segundo o consultor Tiago Fernandes, da Irrigaboi, de Jales, SP, para realizar um bom serviço a “envaletadeira”, como é conhecida no campo, precisa ser acoplada a um trator de, no mínimo, 100 cv. Em solo compactado, adverte, deve-se considerar potência superior. “Caso contrário há o risco da tubulação ficar mal instalada, com baixa profundidade”, diz. Para o consultor há muitas vantagens operacionais no uso desse tipo de equipamento, que instala a tubulação diretamente no fundo da vala, principalmente em terrenos muito arenosos. “Nessas condições, quando se usa o método tradicional de abertura do sulco, as paredes laterais desmoronam e a valeta fica rasa. Com a envaletadeira, a tubulação é instalada na profundidade pretendida, que deve ser de 60 cm, no mínimo”, afirma. Acompanhe os vídeos abaixo e veja a reportagem completa na edição de fevereiro de DBO.