A degradação dos solos é um fenômeno que ameaça minar a capacidade de atender, de maneira sustentável, a demanda global por alimentos. Nesse sentido, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e o Centro de Manejo e Sequestro de Carbono (C-MASC) da Universidade Estatal de Ohio, nos EUA, dirigido pelo professor Rattan Lal, maior autoridade mundial em Ciências do Solo, lançam nesta sexta-feira (4/12) a iniciativa “Solos Vivos das Américas”.
A ideia é promover a cooperação técnica com governos, organismos internacionais, universidades, setor privado e organizações da sociedade civil para contribuir para deter processos de degradação da terra e da agricultura que esgotam a matéria orgânica dos solos.
A principal causa da degradação do solo nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas da América Latina e do Caribe é a desertificação. Outra causa importante é a perda da biodiversidade e desmatamento. Esses fenômenos expõem os solos da América Latina e do Caribe à erosão hídrica e à degradação química (salinidade e acidez). Estima-se que aproximadamente 49% dos territórios estão expostos à erosão hídrica e cerca de 56% da terra estão afetadas pela degradação química do solo.
“Precisamos de uma agricultura amigável com a natureza, que melhore a eficiência e restaure a saúde dos solos. A produtividade pode aumentar com uma melhor agricultura. Fechar as lacunas de produção com uma agricultura melhor, com mais saúde dos solos, vai permitir produzir mais com menos”, diz Rattan Lal.