A elevada produção de milho neste ano, puxada pelas boas condições climáticas durante o plantio e desenvolvimento da safrinha, devem contribuir para o aumento das exportações brasileiras da commodity. De acordo com relatório da FCStone, o volume de milho enviado ao mercado internacional em 2018/19 deve alcançar 32 milhões de toneladas – aumento de 29,2% ante o registrado no ciclo anterior.
“Além da ampla oferta, as exportações brasileiras de milho devem ser beneficiadas pela desvalorização do real em relação ao dólar”, avalia, em nota, o analista de mercado da FCStone, Lucas Pereira. A consultoria estima uma produção total de milho de 96,8 milhões de toneladas, a segunda maior safra de milho da história e avanço de 20% ante o ciclo anterior. Desse total, 68,5 milhões de toneladas deverão ser colhidas durante a safrinha.
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A FCStone explica que, desde o início do ano, o cenário externo de aumento da aversão ao risco, somado ao contexto político e econômico doméstico ainda incerto, tem suportado o dólar em relação ao real. “Com efeito, a dinâmica cambial faz com que o milho brasileiro se torne mais competitivo no mercado internacional, sobretudo em relação ao produto norte-americano”, aponta a consultoria.
Ainda de acordo com Pereira, o preço do milho para embarque em agosto desse ano já é mais barato no porto de Paranaguá do que em Nova Orleans, nos EUA. O cenário é o oposto ao que se observa normalmente no mercado.