A FCStone reduziu hoje a sua previsão de déficit na oferta mundial de açúcar no ano-safra 2018/19, de 700 mil toneladas para 300 mil toneladas. Segundo a consultoria, “a fabricação do adoçante na Índia deve, novamente, surpreender o mercado, limitando o aperto no balanço de oferta e demanda”.
No caso brasileiro, a FCStone ressalta que os baixos preços do adoçante quando comparados com a valorização do petróleo ainda pressionam a produção do país, com as usinas priorizando a fabricação de etanol. A consultoria lembra que o barril do petróleo acumula valorização de mais de 30% desde o início do ano.
“Além da demanda aquecida por etanol, as volumosas chuvas observadas no Centro-Sul entre fevereiro e março pressionaram o ATR da cana. Este cenário tende a estimular as usinas a direcionarem maior parcela da matéria-prima para a destilação de álcool no início da safra.”, explica, em nota, o analista de mercado do grupo, Matheus Costa.
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Com isso, a previsão da FCStone é de uma produção mundial de 185,7 milhões de toneladas de açúcar em 2018/19, queda de 3,3% ante o ciclo anterior. Já o consumo é estimado em 186,0 milhões de toneladas, crescimento de 1,2% na mesma comparação.
“Caso o açúcar consiga registrar valorização expressiva nos próximos meses, é possível que o Centro-Sul amplie a disponibilidade global de adoçante, sustentando o balanço de oferta e demanda”, avalia Costa.