A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) fará uma reunião na próxima semana no Sindicato de Produtores Rurais de Brumadinho, “com o objetivo de levantar as necessidades e buscar soluções” após o rompimento da barragem da mineradora Vale. Em nota, a Faemg informou que está se mobilizando junto aos sindicatos regionais para oferecer apoio e assessorias técnica, ambiental e jurídica aos produtores rurais atingidos direta ou indiretamente pelo acidente na Mina do Córrego do Feijão, ocorrido na última sexta-feira, 25 de janeiro.
A área afetada pelos rejeitos da mineradora faz parte do chamado “cinturão verde” do entorno de Belo Horizonte, que abastece com hortaliças a Central de Abastecimento de Minas Ferais (Ceasa) e a região metropolitana da capital mineira.
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“Aqueles que tiveram propriedades atingidas não devem captar água de rios e córregos com resquícios de rejeitos para nenhuma atividade – nem irrigação, nem para o consumo dos animais”, alerta a federação. A água oferece riscos à saúde, segundo laudo da rede integrada de monitoramento de qualidade das águas e sedimentos, composta pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Copasa, Agência Nacional de Águas (ANA) e Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM).
Dados declarados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) da área da Bacia do Rio Paraopeba indicam que há aproximadamente 570 propriedades na calha do rio. Ainda de acordo com o comunicado da federação, outros dados oficiais estão sendo levantados pelo grupo estratégico criado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) do Estado.
Fonte: ESTADÃO CONTEÚDO