O atual movimento de retomada de alta nos preços do boi gordo espalha-se pelas principais praças pecuárias do Brasil. No Mato Grosso, responsável pelo maior rebanho bovino do País (em torno de 30 milhões de cabeças), essa tendência altista fica evidente ao observar o atual comportamento das escalas de abate dos frigoríficos locais.
Segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em janeiro, as programações de abate ficaram em torno de 6,98 dias, o que significou queda de 10,7% sobre a média histórica (6 dias). Na comparação com janeiro de 2019, porém, houve aumento de 21,2% – é preciso considerar, entretanto, o registro de uma seca atípica no primeiro mês do ano passado.
“As atuais escalas de abate indicam baixos estoques dos frigoríficos, o que pode ser favorável para negociações”, preveem os analistas do Imea.
No entanto, observa o instituto, apesar da expectativa da demanda interna em fevereiro melhorar, “as exportações estão em menor ritmo, sobretudo após as incertezas oriundas do coronavírus, o que requer atenção para as próximas semanas”.