Por Renato Villela
A crise com os fiscais federais agropecuários, que já se arrasta há meses, está tomando dimensão preocupante. No centro da questão, estão os prazos para certificações internacionais para a exportação de produtos de origem animal.
Na última terça-feira (26/3), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) havia publicado a Portaria n° 666/2024, que reduzia os prazos para emissão de certificados de 15 para 5 dias em produtos destinados à alimentação animal e de 5 para 4 dias em produtos de origem animal.
Nesta quinta-feira (28/03), o novo documento revoga a portaria anterior e reduz para 2 dias o tempo máximo para que as cargas de produtos de origem animal destinados à exportação sejam vistoriadas.
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Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), as condições são inviáveis, visto que a carreira sofre um déficit de pessoal em torno de 1.600 auditores.
A Anffa Sindical informa que cerca de 270 auditores fiscais federais agropecuários sinalizaram que irão entregar os cargos e funções que ocupam no Mapa nas próximas semanas em pressão ao governo por melhores condições de trabalho.
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De acordo com a categoria, o número representa mais de 50% do total de auditores em cargos mais altos.