Carne suína: criadores dos EUA esperam melhora da demanda chinesa em 2020

Apesar de uma epidemia de peste suína africana, a guerra comercial entre os países fez com que a China não recorresse à carne suína norte-americana

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Criadores de suínos nos Estados Unidos esperam que a demanda chinesa pelo produto norte-americano melhore em 2020, após um 2019 decepcionante para os embarques do país. Apesar de uma epidemia de peste suína africana que dizimou plantéis na Ásia no ano passado, a guerra comercial entre EUA e China fez com que o país asiático não recorresse à carne suína norte-americana.

Os preços de suínos nos EUA tiveram apenas uma alta de curta duração em 2019, apesar de a China ter perdido 55% de seus animais para a doença, de acordo com o Rabobank.


Os preços futuros na Bolsa de Chicago (CME) encerraram o ano perto de 71 cents por libra-peso, uma queda de quase 30% em relação aos 100 cents alcançados no começo de abril. Uma tarifa chinesa de 72% sobre a carne suína dos EUA esteve em vigor durante a maior parte do ano, inibindo a demanda. Em dezembro, o plantel norte-americano de suínos era de 77,3 milhões de animais, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).

Enquanto isso, mais de 260 mil toneladas de carne suína congelada estão armazenadas em câmaras refrigeradas nos EUA – um recorde. O trader independente Dan Norcini disse estar decepcionado e aborrecido porque “a oportunidade de uma vida foi desperdiçada por causa de política”.

Em vez dos EUA, os chineses recorreram à União Europeia e ao Brasil, de acordo com dados do USDA. “As tarifas impediram as exportações de carne suína. A China foi fazer compras em outros lugares”, disse Mike Zuzolo, presidente da consultoria Global Commodity Analytics & Consulting.

No entanto, criadores e traders estão esperando um cenário diferente em 2020 por causa do acordo parcial que deve ser assinado entre EUA e China na semana que vem.

Segundo o presidente norte-americano, Donald Trump, o acordo prevê que o país asiático vá comprar anualmente, pelos próximos dois anos, entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões em produtos agropecuários dos EUA.

“Acredito que enormes carregamentos para a China vão apertar a oferta de carne suína rapidamente”, disse o broker Dennis Smith, da Archer Financial Services.

Processadoras de carne também estão se preparando para um aumento de demanda chinesa. O CEO da Tyson Foods, Noel White, disse a investidores em novembro que a companhia esperava exportar mais carne suína para a China em 2020, graças à nova política da empresa de comprar apenas animais livres de ractopamina.

O aditivo promotor de crescimento é usado em suínos nos EUA, mas proibido na China. A JBS USA Holdings também disse que vai começar a vender carne suína livre de ractopamina este mês, para “maximizar oportunidades no mercado de exportação”.

Mesmo que os chineses mudem seus hábitos e passem a consumir mais carne bovina e de frango, criadores dizem que há uma boa chance de alta dos preços de carne suína. “Em 2020, se caírem as barreiras, vamos ver algum movimento”, disse Mike Zuzolo.

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