Boi gordo: avanço nas escalas de abate limita valorização da arroba, que segue em patamares elevados

Com retorno da China, embarques seguem em ritmo elevado, dando também sustentação às cotações domésticas; ofertas de animais prontos para abater continuam enxutas, relatam as consultorias

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Com o baixo escoamento da carne bovina no mercado doméstico e escalas relativamente confortáveis para os frigoríficos brasileiros, o mercado físico do boi gordo registrou baixa liquidez nesta sexta-feira, 14 de janeiro, informam as empresas Agrifatto, Scot Consultoria e IHS Markit.

“O momento é de normalidade de compra das indústrias frigoríficas e a programação de abates nacional se encontra em 9 dias úteis”, informa a Agrifatto (veja abaixo a relação de escalas de abate em algumas das principais regiões do País).


Com isso, o preço do boi gordo se acomoda na casa dos R$ 340/@, no estado de São Paulo, acrescenta a consultoria.

Segundo a Scot Consultoria, após começar a semana com uma tentativa de pressão de baixa sobre o mercado pelos compradores, o mercado paulista seguiu “calmo nesta sexta-feira, e os preços estáveis na comparação diária”.

Dessa maneira, pelos números da Scot, boi, vaca e novilha gordos estão apregoados em R$ 337/@, R$ 308/@ e R$ 326/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).

“O ágio para bovinos com destino à exportação (o chamado “boi-China”, abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) se dá entre R$ 10/@ e R$ 15/@”, informa a Scot.

Na avaliação da IHS Markit, a firmeza dos preços do boi gordo observada nas duas primeiras semanas de janeiro reflete um aparente equilíbrio no mercado de compra e venda de animais.

“Enquanto as indústrias esticam as escalas de abate para até o final de janeiro, a oferta de boiada ainda é enxuta e não permite pressões baixistas intensas”, observa a IHS.

Mesmo com o escoamento lento da produção no mercado interno, os preços para o boi gordo devem continuar em patamares elevados, notadamente balizados pela demanda externa e oferta limitada de animais prontos para abate, ressalta a IHS.

A estabilidade também é refletida nos preços do boi gordo no mercado futuro, operados na B3. Os próximos vencimentos são precificados sem grandes variações desde segunda-feira.

Segundo a IHS, o consumo doméstico de carne bovina segue fraco, refletindo os preços elevados do corte, bem como o período de menor poder de compra do consumidor.

Do lado de dentro das porteiras, o fim das fortes chuvas em algumas regiões, especialmente na faixa centro-norte do País, possibilitará a retenção do animal novamente no pasto, visando ganho de peso, relata a IHS.

No entanto, regiões onde a estiagem continua severa, como no Sul do País e algumas áreas do oeste de São Paulo e do sul do Mato Grosso do Sul, a oferta de animais é ainda mais enxuta e os custos maiores, haja visto que pecuaristas recorrem a terminação em confinamento devido aos pastos secos e incidência de pragas.

Entre as praças pecuárias, ocorreram ajustes negativos nos preços em Marabá (PA) e Araguaína (TO), recuando de R$ 294/@ para R$ 291/@ e R$ 300/@ para R$ 296/@, respectivamente, informa a IHS.

Esta dinâmica de preços reflete as escalas confortáveis da indústria na região, seguindo os padrões observados durante toda a semana.

Porém, foram registrados ajustes positivos nos preços do boi gorda em Feira de Santana (BA), que avançou de R$ 310/@ para R$ 315/@, estimulados pela procura por parte da indústria para garantir volumes em suas escalas até o final da próxima semana.

Exportações sobem – Em relação as vendas de carne bovina brasileira in natura para o mercado externo, o volume exportado totalizou 35,4 mil toneladas nos cinco primeiros dias úteis de janeiro de 2022.

A média diária foi de 7,09 mil toneladas embarcadas ao exterior, registrando performance 32,2% superior comparado à média exportada no mês de janeiro do ano passado, quando ficou em 5,37 mil toneladas.

A média também é 28,6% superior à de dezembro de 2021.

“A dinâmica das exportações deve ganhar tração nas próximas semanas, haja visto que há registros de prêmios de até R$ 10 por arroba para gado no padrão China”, prevê a IHS.

Quanto ao mercado atacado, os preços dos principais cortes bovinos seguem ao mesmo ritmo observado ao longo da semana, ou seja, sem grandes alterações.

Como os preços da carne bovina ainda estão em patamares elevados, os consumidores buscam as proteínas concorrentes, como frango e suíno, cujas cotações seguem em baixa.

Escalas em diversas regiões – Segundo dados da Agrifatto, especialmente em São Paulo, as indústrias fecharam a sexta-feira com 9 dias úteis já programados.

Por sua vez, as indústrias do Pará alongaram as suas escalas e encerraram a semana com a média de 16 dias úteis programados, 2 dias de avanço no comparativo semanal.

Em Rondônia, relata a Agrifatto, as programações de abate avançaram e os frigoríficos estão com as escalas na média de 10 dias úteis, alta de 3 dias ante a semana passada.

Os frigoríficos goianienses, por sua vez, fecharam a semana com 9 dias úteis escalados, mantendo a estabilidade no comparativo semanal.

Em Tocantins, os abates estão programados para 8 dias úteis, com as escalas da região avançando 1 dia ante a semana passada, informa a Agrifatto.

Os frigoríficos mineiros estão com 7 dias úteis de abates programados, a mesma média da última semana.

As indústrias em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul possuem 6 dias úteis escalados, ambos os Estados alinhados com a média dos últimos 12 meses, segundo a consultoria.

Cotações máximas desta sexta-feira, 14 de janeiro, segundo dados da IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 340/@ (prazo)
vaca a R$ 310/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 300/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 305/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 300/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 298/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 298/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 313/@ (à vista)
vaca a R$ 298/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca R$ 310/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 320/@ (prazo)
vaca a R$ 310/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 330/@ (prazo)
vaca a R$ 310/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 330/@ (prazo)
vaca a R$ 310/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 315/@ (à vista)
vaca a R$ 305/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 320/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 320/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 315/@ (prazo)
vaca a R$ 296/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 296/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

 

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