Em artigo publicado no site da Scot Consultoria, o médico veterinário Leandro Bovo, sócio-diretor da Radar Investimentos, chama a atenção para o comportamento do mercado futuro boi gordo depois do grande volume de chuva registrado em fevereiro e março nas principais regiões pecuárias do Brasil Central.
Segundo Bovo, as precipitações em excesso trouxeram uma enorme melhora na capacidade de suporte das pastagens, e acelerou a busca por animais de reposição.
Em contrapartida, diz ele, com os preços da reposição subindo, a tendência do recriador/invernista é manter os animais em engorda, buscando aumentar o peso para minimizar o ágio e melhorar a relação entre a venda do boi gordo e a compra do garrote ou bezerro.
“A consequência dos fatos descritos acima são um acúmulo maior de animais para abate no final da safra, fato esse que normalmente já ocorre, mas que este ano tende a ser mais intenso e mais tardio”, prevê Bovo.