No mercado do boi gordo, a preocupação com o próximo trimestre ainda é latente, principalmente visualizando o fato de que a seca vai se aproximando cada vez mais, alerta a Agrifatto, que acrescenta: “Com isso, uma pressão por um descarte mais acelerado de bovinos tende a se formar”.
Segundo os analistas da consultoria, para os pecuaristas que não comercializaram nada do que será abatido nos próximos três meses, aproveitar a referência de R$ 224/@ no contrato de maio/24 pode ser uma boa forma de evitar o risco dessa possível “safra” volumosa que tente a surgir nos próximos três meses.
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“Cabe a ressalva que este mesmo contrato chegou a ser negociado a R$ 221,05/@ no final de fevereiro/24 e a pressão dos frigoríficos sobre os preços do boi gordo no mercado físico continua firme e efetiva, já que desde o início do ano as cotações já recuaram mais de 5,91% em São Paulo”, afirma a Agrifatto.
Sendo assim, propõe a consultoria, a comercialização antecipada via futuro ou opções (compra PUT na B3) de até 50% dos bovinos a serem abatidos nos próximos três meses “é uma estratégia interessante, visando a redução de exposição ao risco da chegada da safra”.
De acordo com os analistas, a atenção agora também se volta para a segunda metade de março, período em que o consumo de carne bovina geralmente diminui, o que pode intensificar a pressão de baixa nos preços da arroba.