Em novembro de 2023, os preços do milho se mantinham com tendência de alta no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea/Esalq/USP, as exportações e a demanda doméstica aquecida são os maiores responsáveis, desmontando cenário anterior de depreciação.
Eles indicam ainda que, outro fator que reforça o movimento de avanço é a retração de vendedores, atentos aos atrasos da semeadura da safra verão e aos possíveis impactos desse cenário sobre a 2a safra. Com isso estão ofertando poucos volumes no spot, à espera de novas valorizações.
No campo, com o retorno das chuvas no Centro-Oeste e em partes do Sudeste e a redução delas no Sul do País, os trabalhos avançam em todas as regiões. A semeadura da safra verão chegou a 55% da área nacional, segundo dados da Conab do dia 25 de novembro, 13,6 pontos percentuais abaixo da safra passada.
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Com esse cenário, após cotações muito baixas ao longo do ano, Glauber Silveira da Silva, diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e presidente da Câmara Setorial da Soja, faz suas projeções para 2024. Segundo ele, o país não vai repetir a supersafra de 2022/2023, porém se riscos de desabastecimento.
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Números da produção – A safra de milho de 2022/2023 colheu 131,8 milhões de toneladas, contra 113,1 da anterior. O incremento foi de 16,5% e permitiu atender a um consumo interno de 79,5 milhões de toneladas e exportações de 52 milhões, altas de 6,7% e 11,7%, respectivamente.
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O milho segundo safra entrou com 102,1 milhões de toneladas e a região Centro-Oeste foi o destaque com 77,1 milhões do total. Para a safra 2023/2024, as estimativas apontam uma produção de 119,4 milhões de toneladas, queda de 9,4%.
No que diz respeito aos nossos grandes clientes internacionais de milho, depois de anos de trabalho, a China já confirmou papel protagonista. Aliás, segundo Silveira, “o mundo está de olho em 160 milhões de hectares de pastagens, no Brasil”. Para ele, muitas dessas áreas podem “ser dirigidas à cultura do milho”.
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