OUÇA | Acelerando a eficiência com carne de qualidade

Um aparelho portátil bem trabalhado pode dar muitas respostas à bovinocultura de corte, do material genético utilizado ao modelo animal terminado em confinamento

Continue depois da publicidade

Tudo que o pecuarista busca são ferramentas que aumentem sua produtividade e lucro com o máximo de velocidade.

Nesse sentido, a ultrassonografia de carcaça, que não é nova, vem ganhando destaque significativo nos últimos 15 anos, no Brasil, graças a produtores e técnicos que apostaram na tecnologia.

Como todos sabem, o recurso avalia área de olho de lombo (AOL), espessura de gordura subcutânea (EGS) e marmoreio (MAR), características que respondem diretamente pela qualidade da carne que o bovino oferece e, indiretamente, por incremento no rendimento de carcaça, precocidade produtiva e reprodutiva.

Continue depois da publicidade

Liliane Suguisawa é CEO da DGT Brasil e especialista no assunto. Embora reconheça que “ainda tenha muito a se fazer no país para popularizar a ferramenta, o crescimento e o resultado até aqui são muito positivos. De qualquer forma, o exemplo dos EUA está aí e não temos tantas alternativas”.

Liliane Suguisawa, zootecnista, doutora em Produção Animal e diretora da DGT Brasil (Foto: Divulgação/DGT)

OUÇA  os comentários de Liliane Suguisawa

Bem verdade que os norte-americanos têm um mercado para carne de qualidade muito mais amplo e estruturado, mas o mercado brasileiro está se organizando e, cada vez mais, exigente quanto à qualidade. Reflexo dessa realidade é a corrida dos programas de melhoramento genético para incorporar dados de carcaça.

Institucionalização da técnica – Os principais dele já abraçaram a ultrassonografia. Recentemente, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) adotou para a raça Nelore, a mais explorada do Brasil, em seu Programa Nacional de Avaliação de Touros Jovens (PNAT), pré-requisito de participação partindo de desempenho em AOL e EGS.

Quem explica a nova exigência é Carlos Henrique Cavallari Machado, membro do Conselho Deliberativo Técnico (CDT) e superintendente adjunto técnico. Segundo ele, as constantes mudanças no melhoramento genético vêm para atender demandas técnicas e mercadológicas das raças.

Continue depois da publicidade

Carlos Machado, membro do Conselho Deliberativo Técnico (CDT) e superintendente adjunto técnico da ABCZ (Foto: Divulgação)

OUÇA  os comentários de Carlos Henrique Cavallari Machado

Casos de sucesso comprovam – Marco Túlio Duarte Soares, do Grupo Celeiro, além da grife Nelore Celeiro tem a marca Celeiro Carnes, que trabalha essencialmente com fêmeas (novilhas) para abastecer, inclusive, pontos de vendas próprios.

Ele é integrante da Associação Confraria da Carcaça Nelore, um grupo de selecionadores e usuários da genética da raça que trabalham com animais de valor para as características avaliadas pela ultrassonografia.

Por volta de 2017, avaliou a carcaça de seus animais e intensificou o uso dessa genética positiva. Como resultado, melhorou uma série de índices produtivos do seu rebanho e expandiu sua produção de carne de qualidade para abastecer e ampliar sua marca própria. Quem testemunha é Sérgio Roberto S. Nascimento, administrador de pecuária do grupo.

Sérgio Nascimento, administrador de pecuária do Grupo Celeiro (Foto: Divulgação)

OUÇA  os comentários de Sérgio Nascimento

Se na primeira geração, entre 60 e 70% dos animais já apresentam carcaça melhorada, em função da alta herdabilidade das características, na segunda o incremento é de mais 10 a 15%, na média, sempre usando pais com um mínimo de 120 de AOL, 4 de MAR e superior a 7 de EGS. Vem daí a garantia de evolução e o lucro.

Por enquanto, em função da própria demanda, o Nelore Celeiro comercializa 200 tourinhos/ano. Há clientes que comprou um único reprodutor, mas há os que levam nove.

Em 2023 o criatório comercializou quase 7 mil doses de sêmen, de dois de seus reprodutores em coleta. “Vale reforçar que o rendimento dessas carcaças chega em 60%”, reforça.

Foto: Divulgação / Celeiro Carnes

A Celeiro Carnes termina suas fêmeas em confinamento e abate em torno de 20 cabeças semanais. Isso é volume e constância, critérios de sucesso para a empreitada.

Para ter uma ideia, “tudo começou com 20 novilhas/ano, nesse padrão. A demanda mato-grossense é crescente nas principais cidades do Estado”, afirma.

Machos de maior valor – Já a Fazenda Boa Vista (Nova Andradina, MS), o foco está na qualidade zootécnica e de carne dos machos. O trabalho obtém diferencial de remuneração na arroba entregue. Com rendimento de carcaça incrementado de 1,5 a 2% em média, a rentabilidade é maior.

Quem informa é o gestor Douglas Augusto Rodrigues. A genética utilizada há 5 anos tem o mesmo apelo da utilizada pela Celeiro. O modelo de pecuária é verticalizado e os animais são terminados em regimes de semi (TIP) e confinamento.

Foto: Arquivo pessoal

OUÇA  os comentários de Douglas Rodrigues

Com vários índices do rebanho evoluindo ano a ano, também a pecuária da Boa Vista, em termos de manejo e reprodução, vai exigindo novas condutas e reformulação.

Confinamento na Fazenda Boa Vista, em Nova Andradina (Foto: Arquivo pessoal)

Se o negócio carne se volta para os machos, as fêmeas vão mostrando seu potencial para encurtar o ciclo pecuário. Em função do peso alcançado, bezerras de 13 meses estão entrando em estação de monta.

 

OUÇA MAIS 

Maior produtividade e bem-estar animal pela água

Maior lucratividade pelo ganho compensatório

Água de qualidade é a gasolina aditivada para o bovino

Desmama temporária aumenta a fertilidade das vacas de corte

Mão de obra qualificada é mais produtividade na fazenda

Sairá na frente quem logo aceitar as mudanças climáticas

É possível colocar o pé no freio da oferta do boi gordo?

Cinco dicas para a melhor transição seca-chuvas

Na gôndola de capim está o que você precisa

O melhor capim é aquele que a fazenda já tem; confira 5 passos para escolher

ILP e ‘boi safrinha’ apoiam pecuária em ciclo de baixa

Seis ações para diminuir prejuízos na desmama

Seis alvos de atenção para sobreviver ao ciclo de baixa da pecuária

Colocando o ‘boi-China’ no seu devido lugar

Pecuária de corte: principais erros cometidos na seca começaram nas águas

Se vai terminar, fique atento às fontes de proteína na sua região

Confinando no menor intervalo de tempo possível

Sete passos para a promoção do melhoramento animal

 

 

Gostou? Compartilhe:
Destaques de hoje no Portal DBO

Cadastre-se de gratuitamente na Newsletter DBO:


    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    clima tempo

    São Paulo - SP

    max

    Máx.

    --

    min

    Min.

    --

    017-rain

    --

    Chuva

    008-windy

    --

    Vento

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Continue depois da publicidade

    Leilões em destaque

    Continue depois da publicidade

    Newsletter

    Newsletter

    Jornal de Leilões

    Os destaques do dia da pecuária de corte, pecuária leiteira e agricultura diretamente no seu e-mail.

    Continue depois da publicidade

    Vaca - 30 dias

    Boi Gordo - 30 dias

    Fonte: Scot Consultoria

    Vaca - 30 dias

    Boi Gordo - 30 dias

    Fonte: Scot Consultoria

    Encontre as principais notícias e conteúdos técnicos dos segmentos de corte, leite, agricultura, além da mais completa cobertura dos leilões de todo o Brasil.

    Encontre o que você procura:

    Pular para o conteúdo