No início do mês, o engenheiro agrônomo Alberto Pessina, CEO da Agromove, disse à repórter Juliana Camargo, em Mercado Pecuário, que, necessariamente, preços mais remuneradores praticados na bovinocultura de corte só virão a partir de uma redução da oferta de animais terminados, no caso, estimada em pelo menos 16%.
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os comentários de Alberto Pessina
Diante desse ciclo de baixa, algumas cartas são necessárias observar sobre a mesa do jogo. Ocorre que já há uma reação no mercado futuro, observada mais incisivamente no início desse setembro, mesmo que longe de garantir fôlego aos custos de produção e lucratividade.
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Então, embora “difícil de pensar nessa redução de oferta, quando se tem muitas contas a pagar, é possível”. É o que sinaliza Oswaldo Furlan Júnior, presidente da Associação Grupo Pecuária Brasil (GPB), que lidera uma parte dos produtores de carne bovina.
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O pecuarista eficiente está entre a cruz e a espada com consumo interno fraco e importadores mais reticentes ou ardilosos. Hoje a produção mais representativa da carne vermelha (60%) envolve algum nível de tecnificação, o que se pode traduzir por maior produtividade.
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Com esse quadro de desova da produção, também a operação dos confinamentos está ameaçada. Contas estão sendo feitas, já há prejuízos estabelecidos e o final de ano se aproxima. É o que salienta Francisco Manzi, diretor técnico da Associação de Criadores do Mato Grosso (Acrimat).
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E Furlan associa a reação ainda tímida do valor da arroba do boi gordo, observada nesse início de setembro, a uma maior organização por parte dos pecuaristas, em todo o país.
Para ele, uma melhor percepção de mercado incentiva cada um fazer sua parte e colocar freio na hora de vender animais prontos. “Sai da fazenda apenas o necessário”.
Mercado Pecuário | Reduzir a entrega de animais terminados pode ajudar a melhorar o preço da arroba; vídeo
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