No mercado físico, o milho segue na casa dos R$ 61/saca de 60 kg em Campinas/SP, com baixo volume de negócios registrados, informa nesta quarta-feira (22/11) a Agrifatto.
“O produtor não está preocupado em vender e aguarda uma melhor definição sobre a safra de verão e receita sobre a safra de soja”, justifica a consultoria.
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Segundo os analistas da Agrifatto, o cenário climático irregular e indefinições com relação ao desempenho da segunda safra de milho (safrinha) “seguem no radar, principalmente pelo forte atraso na decisão de compra dos insumos (semente e fertilizantes) por parte do agricultor”.
“O atraso no plantio de soja continua trazendo incertezas quanto ao tamanho da área plantada na próxima safrinha de milho no Brasil, podendo reduzir a oferta do cereal”, afirmam os especialistas da consultoria.
De acordo com a Agrifatto, apesar da ocorrência de chuvas em importantes regiões produtoras no Brasil, a má distribuição/irregularidade das precipitações também é um ponto preocupante no mercado do milho, além do andamento do plantio da oleaginosa.
Com apoio do dólar norte-americano, que voltou a se valorizar frente ao real, os contratos futuros de milho registraram ganhos superiores a 1% nesta terça-feira (21/11) na B3, diante de toda indefinição para o milho em 2024, informa a Agrifatto.
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Compras antecipadas – Segundo os analistas, o mercado brasileiro se mostra ativo às aquisições de milho, buscando antecipar volumes para minimizar o risco de preços mais elevados em 2024.
“Para o consumidor de milho, mantemos a recomendação para aquisição de 30% do consumo previsto para 2024”, sugerem os analistas da Agrifatto, que acrescenta: “Operações na B3 também são recomendadas para coberturas parciais de até 20% do milho a ser originado”.
Do ponto de vista do produtor de milho, a Agrifatto não recomenda operações de hedge (proteção de estoques e/ou vendas), devido justamente às incertezas sobre as safras brasileiras de soja e de milho safrinha.
Mercado externo – Em relação às exportações brasileiras do cereal, o monitoramento de line-up dos navios indica que 4,689 milhões de toneladas saíram dos portos até 20/novembro e 7,354 milhões de toneladas estão nomeadas para futuros embarques, relata a Agrifatto.
O volume embarcado até 20/11 foi 7,49% inferior frente ao total exportado pelo Brasil até a mesma data do mês de outubro (20/10; 5,069 milhões de toneladas).
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Milho lá fora – Na bolsa de Chicago, relata a Agrifato, pequenas oscilações no campo positivo foram contabilizadas para os futuros de milho ao longo da terça-feira (21/11), acompanhando a valorização dos futuros de trigo diante de novos ataques russos em porto na Ucrânia.
O contrato com vencimento em dezembro/23 fechou a sessão diurna da terça-feira cotado em US$ 4,70/bushel.
“A oferta recorde projetada pelo USDA em 23/24 (para a safra norte-americana) vem mantendo as cotações da commodity pressionadas na CBOT (bolsa de Chicago)”, relata a Agrifatto.
A colheita do cereal nos EUA alcançou 93% da área até 19/novembro – a oferta estimada em 23/24 pelo USDA está em 386,97 milhões de toneladas.
“As atenções seguem direcionadas ao mercado climático na América do Sul e à demanda pelo milho norte-americano”, observa a Agrifatto.
Em relatório divulgado na última quinta-feira (16/11), o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou vendas semanais de 1,808 milhão de toneladas de milho norte-americano da safra 2023/24, acima das projeções de mercado.
Segundo o mesmo relatório, até 9/11, o total comprometido nas exportações do milho norte-americano (safra 2023/24) havia atingido 21,098 milhões de toneladas, 32,7% acima da temporada 2022/23, considerando o mesmo período (15,899 milhões de toneladas).
“A demanda pela commodity norte-americana continua sendo monitorada e os últimos dados de vendas semanais vieram acima das expectativas do mercado”, reforça a Agrifatto.