A boa notícia é que existem diversos softwares para reduzir a quase zero as surpresas desagradáveis.
Quem confirma o alento é Alexandre Campos Gonçalves, engenheiro agrônomo e diretor da Alecrim Consultoria, e atenta para o fato de que é “fundamental compreender que equipamentos, máquinas ou veículos, para estarem operacionais e serem bons, precisam de manutenção em dia e bem-feita”.
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Caso contrário, eles certamente vão deixar o trabalho na mão na hora que mais forem necessários.
“Manutenção são práticas que o gestor executa para que o equipamento se mantenha em bom estado de funcionamento e conservação. Inclui muita observação, acato a orientações de manuais de fabricação e uso, além de assistência técnica periódica, conforme previsto”, explica.
1º Passo – Dimensionamento
Campos, no entanto, entende que uma boa gestão de máquinas, veículos e equipamentos começa em um momento anterior, quando “dimensionamos” seus respectivos usos e finalidades”.
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2º Passo – Manutenção
Ela pode ser dividida em pelo menos dois modelos. Uma é a manutenção preventiva que se realiza de maneira periódica para assegurar que o equipamento se mantenha em condições perfeitas de uso.
A outra é a manutenção corretiva que ocorre na medida que surjam falhas, queda de desempenho, ruídos incomuns e problemas operacionais.
Nesse caso, a fazenda passa então a fazer uma ação de correção do problema, podendo necessitar de regulagem e, mais comumente, substituição de peças para deixar o equipamento em perfeito estado. Resumindo, um modelo prevê (evita) problemas e o outro corrige (conserta o que está quebrado).
3º Passo – Especial para tratores e cia.
No caso dos veículos de fazenda, o modelo é mais ou menos semelhante. Só é preciso ajustar para cada tipo de veículo que está em serviço e o seu tempo de uso.
Normalmente se dá por quilômetro rodado e não por hora trabalhada. As manutenções são planejadas a cada cinco, dez mil quilômetros ou mais. Já as preventivas envolvem checagem geral rotineira.
No caso dos equipamentos e outras máquinas, o protocolo também é similar. Deve-se ser imediato a cada ocorrência ou toda vez que a máquina pedir substituição de peças. Acompanhar preventivamente as checagens de filtros, correias e lubrificação também é mais uma rotina.
4º Passo – Atualização
É importante que a propriedade, dentro de um plano de gestão, tenha um planejamento de atualização ou modernização de máquinas, equipamentos e veículos. Isso deve acontecer periodicamente, mesmo considerando que os equipamentos normalmente duram muitos anos.
Porém, na medida que os anos vão passando, uma substituição gradual deve ser programada para ser atualizada e minimizar as ações corretivas e grande depreciação.
Sempre é esperado um incremento na produtividade quando novas tecnologias entram em cena. Um bom programa de gestão também vai fazer o controle operacional disso e do comportamento da equipe.
Os usuários do acervo de equipamentos da fazenda precisam estar conscientes do estado e rotina de cada implemento, por meio de controles individualizados.
5º Passo – Equipe de trabalho
Sem o controle todos ficam um pouco perdidos. Em outras palavras, perde-se um pouco a noção e a referência do real estado de cada unidade.
Qual mesmo que deu problema? Qual será? O que foi feito? Foi feito? Tudo isso, em especial, quando o parque de máquinas é maior.
É sempre importante reforçar que ter uma equipe qualificada para operar máquinas, veículos e equipamentos é primordial. Todos devem passar por treinamento prévio e reciclagem periódicas para corrigir vícios que vão penetrando no sistema ao longo do percurso.
A rotina deve estar cercada de protocolos de ações, regras de uso e manutenção para padronizar a atuação da equipe e seu relacionamento com o parque. Lembrando dos prejuízos, a capacitação é o segredo para reduzi-los ao mínimo.
6º Passo – Fuga das modas
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