A quarta-feira (11/12) foi quase um repeteco do dia anterior no mercado paulista do boi gordo. Ou seja, registrou-se mais um dia de queda nos preços de compra para todas as categorias terminadas negociações nos balcões de São Paulo, conforme apuração da Scot Consultoria.
Confira as cotações dos animais terminados, apurados no dia 10/12 pela Agrifatto; clique AQUI.
Com isso, o boi gordo paulista “comum” (sem padrão-exportação), que chegou ao pico de R$ 360/@ em novembro/24, agora está valendo R$ 320/@, uma baixa de R$ 5/@ na comparação com o preço de terça-feira (10/12), de acordo com os dados da Scot.
Por sua vez, para o “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade), a oferta de compra sofreu retração diária de R$ 10/@, e agora também é negociado em R$320/@ no mercado paulista – portanto sem ágio sobre o animal gordo “comum”.
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Segundo a Agrifatto, o movimento de baixa nos preços do boi gordo se mantém nas praças brasileiras, embora esteja menos intenso em relação à primeira semana de dezembro/24.
“Antes intensa no físico, a pressão parece estar se dissipando, aproximando-se de um piso em torno de R$ 310/@ em SP”, acreditam os analistas da Agrifatto.
Pelos dados da Agrifatto, no mercado paulista, os lotes de boi gordo (seja ele com ou sem padrão-exportação) seguem cotado atualmente em R$ 320/@, “apesar da pressão para redução para R$ 310/@, o que ainda não ocorreu”.
No entendimento dos analistas da Agrifatto, as recentes quedas nos preços do gado terminado abriu espaço para a redução nos valores da carne bovina na ponta consumidora (varejo). Tal fato, diz a consultoria, “levou várias indústrias a reconsiderar seus planos de férias coletivas e/ou paralisações temporárias nos abates, optando por manter suas operações ativas, mesmo que com capacidade ligeiramente ociosa”.
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Segundo recorda a Agrifatto, a recente pressão negativa sobre as cotações do boi gordo foi estimulada pelos negócios envolvendo contratos a termo entre frigoríficos e pecuaristas, além da entrada ao mercado de animais terminados em confinamento.
“Isso fez com que o preço do boi para exportação em São Paulo caísse rapidamente de R$ 360/@ para R$ 320/@”, ressalta Agrifatto, acrescentando que tal movimento também “contaminou” os contratos futuros do boi, que registraram uma baixa de 6% no dia 28 de novembro.
Desde então, o mercado, de forma geral, adotou uma postura mais cautelosa, com os preços futuros entrando em uma fase de maior estabilidade, registrando oscilações mistas e leves, relata a Agrifatto.
Por sua vez, as condições das pastagens seguem em recuperação, favorecidas pelas chuvas, o que permite também ao pecuarista manter os animais nas fazendas, esperando a melhor oportunidade de fechar negócios com os abatedouros de sua região.
Dessa maneira, pelos dados da Agrifatto, as escalas de abate dos frigoríficos brasileiros avançam hoje com mais dificuldade, mantendo-se estáveis, com atendimento de oito a nove dias, em média, nacionalmente.
Por outro lado, como previsto, o volume de exportações brasileiras de carne bovina in natura diminuiu neste início de dezembro/24.
Contratos futuros sobem na terça-feira
No mercado futuro, na terça-feira (10/12), todos os contratos do boi gordo registraram aumento pelo quarto pregão consecutivo, informa a Agrifatto, com base em dados da B3.
O destaque ficou para o contrato com vencimento em março/25, que fechou a sessão de terça-feira cotado a R$ 305,55/@, uma alta de 1,63% em relação ao fechamento de segunda-feira (9/10).