A partir deste final de novembro e nas primeiras semanas de dezembro, o ambiente no mercado brasileiro do boi gordo será um pouco nebuloso. Ninguém (entende-se por analistas do setor, pecuaristas, entre outros agentes da cadeia da carne) parece arriscar dizer se, daqui para frente, a arroba do boi subirá, ficará estável ou até mesmo cairá, considerando o panorama esperado para o curto e médio prazos.
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Diante disso, a Agrifatto diz (aos pecuaristas que têm boiadas terminadas para negociar): “É essencial monitorar de perto os desdobramentos das exportações (de carne bovina in natura) e as mudanças no comportamento do varejo doméstico nas próximas semanas”.
A consultoria acrescenta: “Isso ajudará a ajustar estratégias de venda e compra, garantindo resiliência frente às oscilações do mercado”.
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Segundo a Agrifatto, tradicionalmente, o consumo doméstico de carne bovina é mediano na primeira metade de dezembro, mas tende a aumentar com a proximidade das festas natalinas e de ano novo. “Este padrão de consumo é crucial para determinar os níveis de estoque e demanda no curto prazo”, observa a Agrifatto.
De agora em diante, continua a consultoria, “é importante ter a atenção voltada para o mercado físico que, para o final de novembro e ao longo de dezembro, mostra um cenário complexo influenciado por diversos fatores sazonais e econômicos”.
Pelos dados da consultoria, hoje, quarta-feira (27/11), o preço médio da arroba do boi gordo (com ou sem padrão-exportação) no mercado paulista se manteve em R$ 355/@. Nas demais 16 regiões monitoradas pela Agrifatto, o valor da arroba continuou estável em R$ 320,90.
China sai das compras
Depois de semanas consecutivas de aquecimento e preços em alta, as negociações entre os frigoríficos brasileiros e os importadores chineses esfriaram.
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“As negociações para embarque em novembro/24 e dezembro/24 já estão fechadas, e os poucos negócios que foram fechados durante a última semana já são referentes a janeiro/25 e com os chineses oferecendo valores cerca de US$ 100/t a menos do que ofertavam na semana passada”, informa a Agrifatto.
Com isso, os frigoríficos exportadores também se ausentaram das negociações, acrescenta a consultoria. Diante disso, o dianteiro bovino brasileiro com destino a China permaneceu com referência nos US$ 5.600/tonelada.
“O momento é de espera para avaliar o desempenho das vendas no território chinês nas próximas semana”, recomenda a Agrifatto.