A empresa australiana de tecnologia climática Rumin8 se prepara para entrar no mercado pecuário brasileiro, após receber, do Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária de Abastecimento), o registro provisório no Brasil para comercialização de seu aditivo redutor de metano, informou o portal norte-americano beefmagazine.com.
Segundo o CEO da Rumin8, David Messina, o Brasil é um “mercado-chave” para a companhia, já que possui o maior rebanho comercial do mundo.
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“A sua grande população de gado de corte significa que podemos gerar vendas significativas no País”, disse, acrescentando: “Também podemos causar um impacto significativo na redução das emissões de metano, o que é um impulsionador-chave para a Rumin8 e os nossos acionistas”
A reportagem da Beef Magazine destaca a grandeza do plantel bovino brasileiro, “com quase 235 milhões de cabeças”, comparando com o tamanho dos rebanhos dos EUA, de “95 milhões de cabeças”, e da Austrália, de “30 milhões de cabeças”.
Além do Brasil, o aditivo da Rumin8 recebeu, no final de julho, autorização regulatória provisória para atuar no mercado da Nova Zelândia.
“A Rumin8 está construindo muito rapidamente um banco de autorizações regulatórias necessárias para progredir na comercialização de nossos aditivos alimentares redutores de metano para gado”, ressaltou Messina, em reportagem da Beef Magazine.
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A Rumin8 está desenvolvendo ração sólida e formulações fornecidas na água que alavancam um composto ativo orgânico chamado Tribromometano (TBM), que demonstrou ser o mais eficaz de todos os ativos testados para reduções de metano em gado.
Com o recebimento da aprovação de seu produto no Brasil, a Rumin8 poderá progredir nos estudos de eficácia e segurança em animais comerciais para gerar os dados necessários para aprovação total no Brasil, disse Messina.
Segundo o executivo, adotar práticas sustentáveis na produção de carne bovina, mantendo ou aumentando a produtividade, é particularmente importante para o Brasil, que busca manter a sua posição de maior exportador global da proteína.
“A Rumin8 está marcando essas caixas com resultados positivos de primeira linha de três testes recentes com gado, indicando reduções de produção de metano de até 86% e ganhos de peso variando de 8,4% a 12,5% maiores do que os grupos de controle que foram alimentados com a mesma ração base. Os testes foram realizados por pesquisadores independentes na Austrália, Estados Unidos e Brasil e financiados pela Rumin8″.