O Ministério da Agricultura, Pecuária e abastecimento (Mapa) autorizou a liberação de mais 38 defensivos agrícolas para o uso dos agricultores. O ato n° 43 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária foi publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 31 de julho.
De acordo com o Mapa, todos os produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no Brasil.
“Os novos registros são importantes pois diminuem a concentração do mercado de defensivos e aumentam a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira”, afirma Bruno Breitenbach, coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins.
Entre os produtos registrados hoje, 13 são produtos biológicos sendo 11 deles compostos por microrganismos como a Beauveria bassiana, o Bacillus amyloliquefaciens ou o Metarhizium anisopliae que são agente biológicos de controle de pragas que atacam os cultivos brasileiros. Outro produto utiliza a vespa Cotesia flavipes para o controle biológico da broca da cana-de-açúcar; e um outro produto de baixo impacto que utiliza um óleo extraído da planta Azadirachta indica de origem indiana conhecida como Neem e tem efeitos natural inseticida, podendo inclusive ser utilizado para os cultivos orgânicos.
Além do extrato de Neem, outros quatro produtos dos defensivos biológicos estão autorizados para uso no controle de pragas de cultivos orgânicos. A pasta do governo informa que em 2020 já foram registrados 45 produtos considerados de baixo impacto (biológicos e orgânicos).
O Mapa salienta que todos os produtos registrados foram também analisados e aprovados pelo Ibama e pela Anvisa, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.
Vale lembrar que conforme a legislação brasileira, tanto produtos biológicos utilizados na agricultura orgânica quanto químicos utilizados na produção convencional são considerados agrotóxicos.