O relatório de oferta e demanda de julho/24 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado na sexta-feira (12/7), trouxe um pequeno recuo nos estoques finais globais do milho em 2024/25 no comparativo com a estimativa anterior (de junho/24), informou a Agrifatto.
Em sua atualização, o USDA reportou um aumento na oferta mundial de milho em 2024/25 de 0,35% (4,25 milhões de toneladas, para 1,225 bilhão de toneladas), e de acréscimo de 0,28% (0,87 milhão de toneladas, para 311,64 milhões de toneladas) nos estoques finais em comparação com o relatório de junho. “Apesar dos ajustes, a relação estoque/uso (nível mundial) em 2024/25 manteve-se em 22%”, observa a consultoria.
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Em relação ao Brasil, na atualização de julho/24, o USDA novamente não trouxe nenhum ajuste em comparação com o boletim do mês passado, mantendo os dados inalterados para as três safras (2022/23, 2023/24 e 2024/25).
“Vale ressaltar que a Conab (Companha Nacional de Abastecimento) estimou a produção do cereal no Brasil na temporada 2023/24 em 115,86 milhões de toneladas em seu 10º Levantamento da Safra de Grãos, abaixo da projeção do USDA”, compara a Agrifatto.
Pelos dados do USDA, a safra brasileira de 2023/24 está projetada em 122 milhões de toneladas, enquanto a temporada 2024/25 pode alcançar 127 milhões de toneladas.
Para a China, também não houve qualquer ajuste no relatório deste mês em relação ao trabalho estimativo de junho/24, seja para a temporada 2024/25 ou para as safras anteriores.
A produção chinesa de milho está projetada em 288,84 milhões de toneladas (safra 2023/24) e 292 milhões de toneladas (2024/25).
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Em relação ao quadro estimado para os EUA, o USDA elevou a estimativa de oferta de milho nos EUA, acompanhando o ajuste positivo de área frente ao boletim do mês passado, agora totalizando 91,5 milhões de acres (37,02 milhões de hectares).
Dessa maneira, o departamento subiu a projeção de oferta do cereal em 2024/25 para 383,56 milhões de toneladas. No entanto, ao ajustar positivamente também as exportações e a demanda interna no país, o USDA reduziu levemente os estoques finais da commodity em 2024/25 nos EUA, para 53,26 milhões de toneladas.
Para Argentina, outro importante produtor mundial de milho, a única alteração observada nos componentes de oferta e demanda foi o ajuste das exportação em 2023/24, de 38 para 37 milhões de toneladas. “É preciso lembrar que os órgãos oficiais da Argentina estimam a oferta do cereal em 2023/24 abaixo de 50 milhões de toneladas”, recorda a Agrifatto.
Soja Brasil
Em relação à temporada 2023/24, o USDA manteve a oferta de soja no país em 153 milhões de toneladas, mas ajustou para cima as exportações da commodity, resultando em um recuo dos estoques finais, de 30,57 milhões de toneladas em junho/24 para 29,72 milhões de toneladas no relatório de julho/24.
Para a nova temporada (2024/25), a única alteração realizada pelo órgão em relação ao relatório de junho/24 foi uma diminuição dos estoques finais, que agora estão projetados em 35,77 milhões de toneladas, representando um aumento de 20,36% em relação à safra 2023/24.