Desde o ano passado, a oferta de bezerros está elevada, mas o desinteresse do recriador/invernista tem interferido na liquidez dos negócios, relata a zootecnista Jayne Costa, analista da Scot Consultoria.
Além disso, continua ela, com o período de chuvas, o pecuarista tem a alternativa de segurar a boiada no pasto, visando cenário melhor para o gado gordo.
Segundo Jayne, no mercado de São Paulo, os preços dos machos anelorados de reposição abriram fevereiro com queda em todas as categorias monitoradas.
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O boi magro apresentou a maior baixa, de 7,2% (ou R$ 261,75/cabeça), comparado à média de janeiro.
Para as fêmeas, informa a analista, destaque negativo à bezerra de ano, com recuo de R$ 135/cabeça (ou 7%), considerando a mesma base de comparação.
No Mato Grosso do Sul, segundo os agentes consultados pela Scot, a procura por fêmeas está um pouco melhor, porém, não o suficiente para aquecer o mercado e dar sustentação aos preços.
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No Rio Grande do Sul, diz Jayne, o período de estiagem tem afetado o pasto, resultando em menor demanda por animais de reposição.
Pelo levantamento da S&P Global, neste período de virada de mês, os lotes de fêmeas, sobretudo bezerra de ano, seguem muito ofertados e com preços fragilizados. “A boa oferta de animais ainda gera um descompasso no setor e inibe altas mais consistentes”, ressalta a S&P Global.
Nas praças do Mato Grosso do Sul e de Goiás, por exemplo, os preços dos bezerros de ano e garrotes ensaiaram altas em função da maior procura, apurou a S&P Global.
Em relação às fêmeas, considerando os dois Estados citados acima, a consultoria destaca a firmeza nos preços de novilhas com mais de 9/@.
Por sua vez, no Mato Grosso, o mercado de reposição segue truncado e com muita volatilidade nos preços, enquanto, no Sudeste, as cotações reagiram timidamente em São Paulo e Minas Gerais, informa a S&P Global.
“Entre as praças da região Norte do País, os preços dos animais de reposição seguem estabilizados, em função da ausência de volumes mais significativos de negócios”, relata a consultoria.