A JBS alcançou 94% de conformidade, seu melhor resultado até o momento, no índice de compra de gado dos ciclos de auditorias da Amazônia Legal, organizado pelo Ministério Público Federal, informou a empresa nesta quinta-feira, 26.
É a primeira vez que o processo consolida resultados de quatro estados em que a companhia tem unidades: Pará, Mato Grosso, Rondônia e Acre, além do Amazonas, onde a empresa não tem fábricas.
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Neste 1º ciclo contemplando as auditorias unificadas dos quatro estados da Amazônia Legal que a JBS possui operações, o período de compras analisado correspondeu ao período de 1º de julho de 2020 a 31 de dezembro de 2021 para o Pará, Acre e Rondônia, e para todo o ano de 2021 em Mato Grosso. No próximo ciclo entrarão dados de 2022 em diante.
Até o ano passado, somente os dados do Pará eram considerados. No ciclo anterior, referente somente ao Pará, a JBS havia atingido 83,27%, evidenciando a melhora. Desta vez, o desempenho da empresa no estado igualou o resultado geral, com 94%.
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“Estamos satisfeitos com a evolução. Mas nossa meta é atingir 100% de conformidade. O mais importante é que temos clareza sobre os caminhos que devemos tomar para chegar lá”, afirma, em nota, Liège Correia, diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil.
Segundo a JBS, um sistema de monitoramento geoespacial é utilizado há quase 15 anos para garantir o cumprimento de seus critérios socioambientais, avaliando diariamente mais de 70 mil potenciais fornecedores de bovinos no Brasil.
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O sistema, informa a empresa, abrange 61 milhões de hectares e monitora para que os fornecedores da JBS não atuem em áreas de desmatamento, terras indígenas, unidades de conservação ambiental ou territórios quilombolas; não utilizem mão de obra análoga à escravidão, nem possuam embargos ambientais.
Entre os aprimoramentos adotados pela JBS, que devem se refletir na próxima auditoria, estão medidas como somente aceitar protocolos de projetos de regularização ambiental (PRA) com termo de compromisso assinado (em vigor desde novembro de 2021), além de melhorias no registro da documentação ligada ao Cadastro Ambiental Rural (CAR) e seus respectivos pecuaristas, adotados neste ano, que farão diferença adiante.
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“Somente com essa gestão documental, que sempre precisa ser aperfeiçoada, teremos mais avanços nos resultados”, diz Correia.
Ainda no comunicado à imprensa, a companhia afirma que “saúda o empenho do Ministério Público Federal em harmonizar o processo de auditoria para mais estados do bioma Amazônia e concorda com as ações para que todas as empresas signatárias do TAC da Carne sejam auditadas e para que aqueles frigoríficos de fora do acordo também sejam acompanhados”.
“Nós, da JBS, estamos convictos de que ninguém vai resolver essa questão sozinha. Não adianta nada possuirmos mais de 11 mil fornecedores bloqueados por irregularidades socioambientais se alguma outra empresa continuar comprando destes fornecedores. Por isso, defendemos um sistema público e nacional de rastreabilidade de gado bovino. O mesmo sistema, com as mesmas regras, para todos”, completa a diretora de Sustentabilidade da JBS Brasil.
Fonte: Ascom JBS