A cotação do boi gordo se recuperou fortemente em agosto/24, com valorização mensal nas principais praças pecuárias brasileiras. Na pecuária moderna, mais dinheiro no bolso do pecuarista significa, entre outras coisas, investir na reposição, com intuito de renovar o plantel e intensificar a produção.
Diante disso, os produtores começam a se mostrar mais animados para adquirir tais categorias, o que tem resultado em valorização nos preços dos animais jovens nas últimas semanas.
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Segundo dados apurados pela Agrifatto, considerando algumas das principais praças brasileiras (SP, MG, GO, MT, MS, TO, PA e BA), a relação de troca entre o bezerro de 200 kg e o boi gordo de 20 arrobas avançou em agosto/24, e a média nacional do indicador ficou em 2,33 cab/cab, o que resultou em avanço mensal de 1,85% – 3,17% acima da média histórica.
O maior avanço, diz a Agrifatto, foi registrado em Minas Gerais, onde a relação de troca bezerro/boi gordo fechou o último mês em 2,44 cab./cab., com aumento mensal de 5,55%, maior patamar desde março/24.
Na praça de São Paulo, esse indicador ficou em 2,38 cab./cab. (alta de 1,83% sobre julho/24). Em Mato Grosso do Sul, atingiu 2,27 cab./cab. (aumento mensal de 3,58%). No Pará, a relação de troca fechou agosto/24 em 2,55 cab./cab., com alta de 5,15% sobre o mês anterior.
“Com esse aumento no comparativo mensal, a relação de troca bezerro/boi gordo no Brasil ultrapassou a média histórica, indicando que o gasto do recriador com o bezerro está ficando menos pesado, considerando o preço de venda do boi gordo”, reforçam os analistas da Agrifatto.
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Troca com o boi magro
A relação de troca boi magro e boi gordo passou por aumento em 5 das 8 praças monitoradas pela Agrifatto.
Com isso, a média Brasil deste indicador apresentou um aumento de 0,42% em agosto/24, na comparação com julho/24.
A média brasileira da relação de troca boi magro/boi gordo estabeleceu-se em 1,48 cab./cab., ficando apenas 0,49% abaixo da média histórica, de acordo o balanço da Agrifatto.
O maior avanço ocorreu em Tocantins, onde a relação de troca boi magro/boi gordo subiu 5,95% no último mês, para 1,49 cab./cab., o maior patamar desde abril/24.
O Estado em que o indicador mais recuou foi em Minas Gerais, com queda de 6,47%, fechando ago/24 em 1,43 cab./cab., menor patamar desde jun/23.
“As valorizações nas cotações do boi magro em agosto de 2024 sinalizam um retorno do estímulo ao pecuarista na atividade de engorda intensiva”, observa a Agrifatto.