O abate de frangos no Brasil no 1º trimestre do ano totalizou 1,51 bilhão de cabeças. O volume representa um novo recorde na série histórica da entidade iniciada em 1987. Os dados foram divulgados hoje, 10 de junho, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o IBGE, o resultado ficou 5% acima do mesmo período do ano passado e foi 2,8% superior ao 4° trimestre de 2019. O mês com o maior resultado no trimestre foi março, que apresentou uma expressiva diferença em relação a março de 2019: 12,8% a mais. Vale lembrar que o resultado reflete apenas os 15 dias dos efeitos do isolamento social para o combate da Covid-19.
Das 25 unidades da federação que têm estabelecimentos com abate de frangos inspecionado por fiscalização sanitária, 17 tiveram aumentos que contribuíram para a adição de mais 72,44 milhões de cabeças de frangos em relação ao 1° trimestre de 2019. O Paraná, que detém mais de um terço (33,5%) da produção nacional, teve também o maior aumento, 38,31 milhões de cabeças.
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Foram destaques no abate de cabeças de frango os Estados do Paraná (+38,31 milhões de cabeças), Rio Grande do Sul (+10,02 milhões de cabeças), São Paulo (+8,67 milhões de cabeças), Santa Catarina (+8,38 milhões de cabeças), Minas Gerais (+7,43 milhões de cabeças), Mato Grosso do Sul (+5,40 milhões de cabeças) e Bahia (+3,12 milhões de cabeças.
O levantamento da entidade ainda aponta que houve quedas em Goiás (-4,15 milhões de cabeças) e Mato Grosso (-2,47 milhões de cabeças). Entre os principais produtores, o Paraná continua liderando amplamente o abate de frangos, com 33,5% da participação nacional, seguido por Rio Grande Sul (14,0%) e Santa Catarina (13,9%).
Suínos
O abate de suínos registrou 11,88 milhões de cabeças. O resultado é recorde para um primeiro trimestre desde o início da série histórica, em 1997.
Na comparação com o primeiro trimestre de 2019, houve alta de 5,2%. Já em relação ao quarto trimestre de 2019, o resultado representa um recuo de 0,2%.
Tal como ocorreu com os frangos, março foi o mês com maior atividade, 9,6% acima do mesmo mês em 2019. Santa Catarina, Estado que contribui com 28,3% do total da produção nacional, teve um aumento de 352,09 milhões de cabeças em relação ao primeiro trimestre de 2019.
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Exportações para a China
Conforme o IBGE, um dos fatores que estimularam o aumento no abate de suínos e frangos foi o mercado externo.
Houve um recorde de exportações de carnes para um primeiro trimestre, para suínos e bovinos, além de ser o segundo melhor primeiro trimestre da série para frangos, só ficando atrás do trimestre equivalente de 2017.
“A China aumentou bastante a participação nas nossas exportações das três proteínas. O país está sendo afetado pela peste suína africana, portanto eles tentam compensar a perda na sua produção interna com as carnes brasileiras”, diz Bernardo Viscardi, analista de pesquisa.