Com as 438,73 mil cabeças abatidas em dezembro último, Mato Grosso encerrou 2022 com um total abatido de 4,99 milhões de cabeças, expandindo em 5,86% (ou acréscimo de 276,15 mil cabeças) o volume registrado em 2021, informa a consultoria Agrifatto, com base nos dados divulgados pelo Instituto de Defesa Agropecuária Indea-MT).
“As fêmeas são a principal motivação para o crescimento em 2022, já que o abate de fêmeas avançou 14,57% no comparativo anual, atingindo 2 milhões de cabeças, 253,94 mil acima do volume de 2021”, relata a consultoria.
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Com esse resultado, a participação das fêmeas sobre o total abatido em 2022 avançou 3,04 pontos percentuais em relação à taxa do ano passado.
No entanto, diz a Agrifatto, a taxa de retenção de matrizes no Mato Grosso ainda está 1,07 ponto percentual abaixo da média dos últimos quinze anos, “ou seja, 2022 ainda não pode ser classificado como um ano de grande descarte de fêmeas”.
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Por outro lado, os machos registraram um crescimento de apenas 0,75% no comparativo anual, atingindo o total de 2,99 milhões de cabeças em 2022, 22,21 mil a mais do que no ano anterior.
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“É preciso dizer que a retenção de fêmeas de 2020/2021 não resultou em uma grande oferta de boi (machos) em 2022, podendo refletir principalmente sobre a expansão de machos abatidos em 2023, que deve voltar a ficar acima das 3 milhões de cabeças”, projeta a Agrifatto.
Outro ponto destacado pela consultoria é que o abate de animais com menos de 24 meses voltou a ter incremento, embora ainda tímido (+ 0,14%), mas, ainda assim, aumentou em relação ao ano anterior, fechando com 1,22 milhões de cabeças, sendo responsável por ¼ dos animais abatidos no Estado.
Para 2023, prevê a Agrifatto, espera-se, portanto, uma nova expansão no abate de animais, ainda reflexo da forte retenção de fêmeas registrada nos anos anteriores.