Queda de preços futuros do boi demonstra uma ‘fraqueza exagerada’, avalia analista de mercado

Preços cedem 5% na comparação dos contratos de março/abril e outubro, mas o período de eleições pode aquecer o mercado, afirma a médica veterinária Lygia Pimentel, CEO da Agrifatto

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A queda de até 5% nos valores dos contratos futuros do boi gordo, na comparação entre vencimentos março-abril e outubro/22 significa uma “fraqueza exagerada” do mercado, avalia a médica veterinária Lygia Pimentel, economista e CEO da Agrifatto (São Paulo, SP).

Os valores dos contratos de março e abril estão girando entre R$ 340 a R$ 350, enquanto os contratos com vencimento em outubro, a contratação atual é de cerca de R$ 330.

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Lygia Pimentel (Foto: Divulgação)

“Os contratos de outubro estão na casa de R$ 330, R$ 332, para ser mais exata. Para mim, pessoalmente, ele acaba demonstrando um pouquinho de fraqueza exagerada”, diz Lygia.

Na quarta-feira, 30/3, Lygia postou uma análise nas redes sociais da Agrifatto traçando um panorama de mercado. E um dos pontos fortes para o mercado da pecuária é justamente as eleições este ano, com início das campanhas no dia 27 de setembro, e que vão definir presidente da República, governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais.

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Para a analista de mercado, a injeção de dinheiro influenciada pelas campanhas políticas deve estimular a economia nacional com a criação de empregos temporários, puxando o consumo das famílias – e a carne bovina está na lista do consumidor.

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São estimados cerca de R$ 4,9 bilhões a serem distribuídos no País através de financiamento de campanhas. CLIQUE AQUI e confira a análise feita por Lygia.

Eleições x Copa do Mundo

Além das Eleições, o calendário deste ano de 2022 ainda conta com a Copa do Mundo, que começa no dia 21 de novembro. No entanto, só mesmo as eleições têm poder de influenciar diretamente o consumo do brasileiro.

“Muita gente pergunta se a Copa do Mundo traz efeito para a economia, mas há uma diferença gritante entre Copa do Mundo e eleições. As eleições trazem maior distribuição de dinheiro e maior disponibilidade e expansão monetária. Então tem dinheiro que entra direto no bolso do consumidor, através de empregos temporários como a das pessoas que abanam bandeirinha nas ruas, distribuem santinho e panfletos. A Copa do Mundo é como se fosse um feriado, ninguém ganha dinheiro a mais para gastar. Todo mundo só está ali para prestar atenção no jogo”, diz Lygia.

Outro ponto a favor do boi nas eleições vem de uma análise histórica, segundo a CEO da Agrifatto. “Desde 2002 até hoje, o boi nunca caiu em nenhum ano de eleição”.

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