Os preços da carne bovina estão em alta no mercado dos EUA – e isso pode significar grandes mudanças na maneira como os norte-americanos comem, alerta reportagem da Bloomberg.
Em agosto/24, a carne moída nas cidades norte-americana atingiu um preço recorde de US$ 5,58 o quilo, em média, principalmente porque o rebanho bovino do país está diminuindo.
As repercussões da grave seca de 2020, combinadas com altas taxas de juros e despesas operacionais, levaram o tamanho do rebanho ao menor nível em 73 anos no início deste ano.
Continue depois da publicidade
Para os consumidores dos EUA, o aumento do preço da carne bovina pode significar um retorno ao que o texto da Bloomberg chamou de “realidade pré-McDonald’s”, com a carne sendo um deleite ocasional e caro.
“Os italianos comem mussarela, os franceses gostam de baguetes, os nigerianos de arroz jollof e os norte-americanos comem hambúrgueres e batatas fritas – e nós gostamos deles baratos”, ressalta o texto de abertura da reportagem da Bloomberg.
Desde que os irmãos McDonald lançaram pela primeira vez a sua visão de hambúrgueres rápidos, em 1948, a carne bovina barata tornou-se uma referência para os norte-americanos, praticamente um direito de nascença.
Porém, diz a matéria, hoje em dia, esse é um direito que está fora do alcance de muitos norte-americanos.
Continue depois da publicidade
No segundo trimestre de 2024, o preço médio de um hambúrguer de restaurante fast-food nos EUA era de US$ 8,41, um aumento de 16% em relação a cinco anos atrás.
Mesmo no McDonald’s, em junho/24, o preço médio de um Big Mac (sem batatas fritas, sem bebida; apenas o sanduíche) era de US$ 5,29, um aumento de 21% em relação ao preço de 2019, compara a Bloomberg.
“Os hambúrgueres (do McDonald’s) ficaram caros a ponto de reduzir a frequência dos consumidores (norte-americanos) de baixa renda aos restaurantes da rede, provocando a primeira queda nas vendas em quatro anos”, destaca a Bloomberg, citando o balanço da empresa no último trimestre.