Pelos dados da Scot Consultoria, os preços do boi gordo caíram novamente nesta sexta-feira (6/12), chegando em R$ 330/@ (no prazo, valor bruto) no mercado paulista, uma baixa de R$ 5/@ sobre quinta-feira (5/12). O “boi-China” acompanhou a tendência baixista, e fechou perdendo os mesmos R$ 5/@, batendo R$ 335/@, de acordo com a Scot.
Confira as cotações dos animais terminados, apurados no dia 5/12 pela Agrifatto; clique AQUI.
Em São Paulo, diz a consultoria, as escalas de abate atendem a oito dias, em média.
“As indústrias seguem pulando dia de abate, reduzindo a quantidade abatida diariamente, ajustando a oferta de carne ao consumo”, relata a Scot, que acrescenta: “Espera-se que o consumo de carne melhore até o fim do mês, dando sustentação aos preços da arroba”.
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Segundo dados apurados pela S&P Global Commodity Insights, o mercado físico de boi gordo apresentou uma semana marcada por baixa liquidez e negociações tensas.
“A postura retraída dos frigoríficos refletiu uma tentativa de testar preços mais baixos, enquanto os pecuaristas mostraram resistência, especialmente em relação aos animais terminados em confinamento”, observa a S&P Global.
No atacado da carne bovina, diz a S&P Global, a semana foi atípica e instável, com a demanda mostrando-se abaixo das expectativas.
“Compradores e distribuidores se mantiveram cautelosos, refletindo em preços pressionados, especialmente nos cortes menos nobres”, relata a S&P Global.
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Enquanto isso, observa a consultoria, o mercado de outras proteínas, como aves e suínos, manteve certa regularidade, com preços firmes para frangos e oscilações pontuais nos suínos, destacando uma competitividade que influencia o consumo doméstico de carne bovina.
No entanto, as chuvas recentes trouxeram alívio às pastagens em diversas regiões brasileiras, favorecendo a recuperação dos capins e melhorando as condições para o manejo do rebanho.
No campo das negociações internacionais, diz a S&P Global, a recente aprovação do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia reacendeu as discussões sobre o potencial de exportação de carne bovina, mas também trouxe à tona desafios relacionados à implementação de padrões ambientais e sanitários mais rígidos.