Infestação sem fim: lagartas seguem causando estragos

Produtores catarinenses estão sofrendo com os ataques da lagarta desfolhadora de pastagens

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A lagarta desfolhadora de pastagens continua fazendo estrago neste início de 2025. Como têm mostrado a reportagem de DBO, os ataques têm sido registrados em diversas regiões do País. O relato mais recente recebido enviado à Redação veio do veterinário Silvério Bunn, que presta consultoria nas regiões norte e meio-oeste de Santa Catarina. De acordo com o veterinário, os surtos de lagartas começaram entre o final de dezembro e as primeiras semanas de janeiro, após um veranico que durou três semanas.

“Os produtores estão apavorados. Quando você olha a pastagem, a impressão que dá é que aplicaram um dessecante. Não sobrou nada”, relata.

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Segundo o consultor Leandro Barbero, especialista em pastagem, a alta infestação está justamente associada à falta de chuvas durante o período chuvoso. “Quando chove bastante, normalmente não temos problemas de altas infestações de lagarta, porque ficam menos ativas. Mas quando há umidade no solo e no ar e tem a ocorrência de um veranico, é comum aparecerem surtos”, explica. 

Escolha do cardápio

Outra particularidade que chama a atenção nas infestações em território catarinense é a “predileção” das lagartas pelas pastagens cultivadas, muitas vezes adubadas. Capins como a estrela africana, a hermátria e, principalmente, o tifton estão entre as principais vítimas da praga. “Os campos nativos estão sendo pouco atacados”, diz Bunn.

De acordo com Barbero, a escolha pelo cardápio tem explicação na melhor digestibilidade das forrageiras cultivadas, principalmente quando adubadas. “Assim como as pessoas, as lagartas preferem as melhores comidas”, brinca. Nesta região do norte e meio-oeste de Santa Catarina há um predomínio de pequenas propriedades, onde o sistema de exploração pecuária é mais intensivo, inclusive com o uso de adubação orgânica oriunda da suinocultura.

Identificação precoce

O prejuízo trazido pela lagarta desfolhadora não está somente na perda de forragem e consequente redução da capacidade de suporte do pasto, mas no tempo de pastejo que se perde até a recuperação plena da forrageira. “Depois que o produtor aplica o inseticida, há um período de 30 a 45 dias para que o pasto esteja na altura adequada para receber os animais novamente”, relata Bunn.

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A melhor indicação para o combate da lagarta continua sendo sua identificação precoce. Como orientam os especialistas, o produtor deve se atentar para o momento em que a praga, de tamanho bem reduzido, começa a raspar a folha, deixando a lâmina foliar transparente (veja foto). Este é o momento ideal para controlar a infestação e evitar maiores prejuízos.   

SAIBA MAIS:
Surtos de lagartas desfolhadoras se espalham pelo País e preocupam produtores. Como combatê-las?
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