As exportações de milho de Mato Grosso somaram 16,89 milhões de toneladas até setembro de 2024. Desse volume, 60,89% deixaram o País pelo Arco Norte, de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) compilados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Em 2021, a participação do Arco Norte nas exportações de milho do Estado era de 47,63%. Conforme o Imea, o aumento é resultado de investimentos em infraestrutura, especialmente nos portos de Barcarena e Santarém, que juntos exportaram 8,65 milhões de toneladas, o equivalente a 84,09% do volume total escoado pelo Arco Norte.
Apesar do crescimento, os portos do Norte enfrentam dificuldades sazonais devido à seca, o que levou a Associação dos Terminais Portuários (Amport) a suspender temporariamente o transporte de grãos pelos rios Tapajós e Madeira. A expectativa é que as operações sejam retomadas com o início das chuvas, em novembro.
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Segundo o Imea, em Mato Grosso, o preço do milho registrou alta de 1,96% na última semana, com a saca sendo negociada a R$ 49,24, em média. Já o indicador Cepea, que acompanha os preços do cereal em Campinas (SP), subiu 1,79%, para R$ 68,28. A valorização do milho no mercado interno foi favorecida pela demanda local e pelo dólar, que encerrou a semana a R$ 5,65.
Os custos de produção da safra 2024/25 em Mato Grosso também estão em alta. O custo com fertilizantes, que representam 35,80% do total de custeio, subiu 1,65% em setembro, impulsionado pela elevação no preço da ureia, devido aos conflitos no Oriente Médio e ao aumento da demanda para o plantio da segunda safra.
A comercialização da safra 2023/24 de milho no Estado atingiu 77,87% em outubro, enquanto a da safra 2024/25 avançou para 15,54%. O Imea projeta para a próxima safra uma área plantada de 6,79 milhões de hectares, com produtividade de 111,74 sacas por hectare e produção total estimada em 45,53 milhões de toneladas.