O governo federal estuda aumentar o imposto de importação sobre o leite europeu, dos atuais 28% para 42%, como forma de amenizar os efeitos do fim da tarifa antidumping que vigorava contra o produto até o último dia 6. O aumento, de 14 pontos percentuais, recomporia a tarifa antidumping revogada esta semana.
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“Não dá para repor a taxa antidumping, pelo menos por enquanto, a não ser que a gente prove que está ocorrendo dumping na Europa e na Nova Zelândia. Então, o que podemos fazer, e estamos estudando, é aumentar a taxa [de importação] de 28% para alguma coisa perto de 42, dificultando a importação”, afirmou a ministra da agricultura, Tereza Cristina. De acordo com ela, “não seria viável trazer esse leite para cá”.
Durante passagem pelo Show Rural de Coopavel, a ministra também reconheceu que a concorrência que o país enfrenta dentro do Mercosul é “nosso maior problema”. “Nós também estamos discutindo o problema da importação do leite que vem via Uruguai e Argentina. Já sentamos com a Argentina, estivemos com o governo argentino, os ministros, e estamos construindo uma política juntos, para talvez abrirmos um mercado”, afirmou.
Ainda de acordo com a ministra, a pasta estuda pedir ao governo brasileiro redução das taxas de importação de equipamentos para a produção de leite, como robôs, esteiras e outras coisas. “Hoje, o setor paga 100% de impostos sobre esses equipamentos. O setor pode ganhar bastante com isso”, afirmou Tereza Cristina.