Classificação de carcaças faz falta no Brasil

À frente de diversas pesquisas com qualidade de carne na USP, a professora Angélica Pereira vê avanços na área, mas diz que consumidor quer mais

“O produtor precisa estabelecer pontos de controle que garantam a qualidade da porteira para dentro” – Angélica Pereira, professora dos Laboratório de Ciência da Carne e de Pesquisa em Gado de Corte da USP

Por Carolina Rodrigues

Responsável, há 10 anos, pelo Laboratório de Ciência da Carne e pelo Laboratório de Pesquisa em Gado de Corte da USP (Universidade de São Paulo), a paranaense Angélica Simone Cravo Pereira é uma mulher de “carne, osso e fibra”. Formada em medicina veterinária por influência de seu padrinho, fazendeiro no Paraná, ela fez mestrado, doutorado e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo, onde atua como professora do Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ-USP).

Seu primeiro estágio curricular, em meados de 2000, foi na gigante Agropecuária Jacarezinho, referência na produção de Nelore CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) no País, com um sistema focado na pecuária a pasto de alta produtividade desde os tempos de Valparaíso, SP (atualmente, todo o trabalho de cria ocorre no oeste da Bahia).Essa trajetória do campo à sala de aula foi fundamental, segundo ela, para que pudesse compreender a relação de cada etapa da produção para a qualidade da carne, nicho no qual se especializou anos mais tarde. Em 2007, Angélica tornou-se certificadora da Associação Brasileira de Angus (ABA), atuando primeiramente na VPJ Alimentos, em Jaguariúna, a primeira planta a obter o processo de certificação no Estado de São Paulo.

Atualmente, ela é consultora em qualidade de carne da Angus, trabalho que também toca no Frigorífico Dom Glutão, em Leme, região leste de SP, em unidade de processamento que atende tanto o mercado interno quanto externo. Mas é na universidade que Angélica diz ter encontrado seu propósito de carreira: unir a experiência prática à pesquisa científica, atuando em temas importantes para toda a cadeia produtiva, especialmente no que diz respeito às demandas da indústria e do consumidor final.

Angélica orienta mais de 10 alunos de pós-graduação, rotina que concilia com a tarefa de mãe de Maria Giulia, de apenas três anos, fruto de seu casamento com Fernando Baldi, pesquisador da Unesp de Jaboticabal, SP, com quem integra também o corpo de pesquisadores da ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores). Veja, a seguir, os principais pontos da entrevista concedida à repórter Carolina Rodrigues, em meados de janeiro.

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Por Carolina Rodrigues

Responsável, há 10 anos, pelo Laboratório de Ciência da Carne e pelo Laboratório de Pesquisa em Gado de Corte da USP (Universidade de São Paulo), a paranaense Angélica Simone Cravo Pereira é uma mulher de “carne, osso e fibra”. Formada em medicina veterinária por influência de seu padrinho, fazendeiro no Paraná, ela fez mestrado, doutorado e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo, onde atua como professora do Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ-USP).

Seu primeiro estágio curricular, em meados de 2000, foi na gigante Agropecuária Jacarezinho, referência na produção de Nelore CEIP (Certificado Especial de Identificação e Produção) no País, com um sistema focado na pecuária a pasto de alta produtividade desde os tempos de Valparaíso, SP (atualmente, todo o trabalho de cria ocorre no oeste da Bahia).Essa trajetória do campo à sala de aula foi fundamental, segundo ela, para que pudesse compreender a relação de cada etapa da produção para a qualidade da carne, nicho no qual se especializou anos mais tarde. Em 2007, Angélica tornou-se certificadora da Associação Brasileira de Angus (ABA), atuando primeiramente na VPJ Alimentos, em Jaguariúna, a primeira planta a obter o processo de certificação no Estado de São Paulo.

Atualmente, ela é consultora em qualidade de carne da Angus, trabalho que também toca no Frigorífico Dom Glutão, em Leme, região leste de SP, em unidade de processamento que atende tanto o mercado interno quanto externo. Mas é na universidade que Angélica diz ter encontrado seu propósito de carreira: unir a experiência prática à pesquisa científica, atuando em temas importantes para toda a cadeia produtiva, especialmente no que diz respeito às demandas da indústria e do consumidor final.

Angélica orienta mais de 10 alunos de pós-graduação, rotina que concilia com a tarefa de mãe de Maria Giulia, de apenas três anos, fruto de seu casamento com Fernando Baldi, pesquisador da Unesp de Jaboticabal, SP, com quem integra também o corpo de pesquisadores da ANCP (Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores). Veja, a seguir, os principais pontos da entrevista concedida à repórter Carolina Rodrigues, em meados de janeiro.

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