As exportações brasileiras de carne bovina in natura tiveram um novo recorde mensal em novembro último.
Os embarques totalizaram 187,98 mil toneladas, alta mensal de 0,96% e avanço de 26,30% no comparativo anual – o maior volume exportado em um mês de novembro na história, informa a Agrifatto.
O principal parceiro comercial seguiu sendo a China, que foi destino de 110,67 mil toneladas do produto, o equivalente a 58,87% do total, seguido pelos EUA, com 11,88 mil toneladas.
Continue depois da publicidade
O preço médio da carne bovina exportada fechou em US$ 4,59 mil/tonelada, estável em relação ao mês anterior, mas ainda apresentando uma queda de 12,12% quando comparado ao preço médio de novembro/22.
VEJA TAMBÉM | Receita com exportação total de carne bovina até nov/23 está 20% abaixo da de 2022, diz Abrafrigo
Segundo a Agrifatto, neste ano, novos recordes mensais nas vendas externas de carne bovina brasileira foram computados nos meses de janeiro, maio, junho e novembro, com boa possibilidade de também ser alcançado em dezembro/23, que pode superar 160 mil toneladas.
No entanto, relembra, o recorde histórico segue sendo de agosto/22, com 203,18 mil toneladas.
No acumulado até novembro/23, as exportações totalizaram 1,8 milhão de toneladas, um recuo de 2,23% em relação ao volume registrado em igual período do ano passado.
Mas, observa a Agrifatto, 2023 é o segundo ano com mais carne bovina exportada na história.
Continue depois da publicidade
No acumulado dos 11 meses de ano, os embarques da proteína à China já superaram a marca de 1 milhão de toneladas, uma queda de 5,24% sobre o mesmo período em 2022.
A Agrifatto lembra que os embarques brasileiros para o país asiático foram prejudicados pelo caso atípico de vaca louca ocorrido no Pará, que resultou em paralisação dos envios.
Por outro lado, o Chile avançou fortemente as importações de carne bovina brasileira em 2023, destaca a consultoria – adquiriu 91,33 mil toneladas no acumulado dos 11 meses, um incremento anual de 28,51%, ocupando o segundo lugar do ranking de países que mais compraram a proteína nacional.
Mercado Pecuário | Quais lições tiramos desse ano tão desafiador para pecuária de corte?
“Os números de novembro/23 reforçam a importância do Brasil como principal fornecedor de carne bovina do mundo, sendo responsável por mais de 25% do comércio global da proteína”, destaca a Agrifatto, que acrescenta: “E, apesar da dificuldade de rompimento do recorde mensal de 203 mil toneladas, o fluxo de exportação se mantém intenso e deve continuar assim em 2024, principalmente com a menor produção de carne bovina nos EUA”.