O movimento de pressão de baixa no preço do boi gordo, iniciado na última semana, continuou nesta segunda-feira, 26 de abril, segundo informações da Scot Consultoria (Bebedouro, SP).
Com programações de abate mais confortáveis, atendendo em média 6 a 7 dias, as indústrias frigoríficas abriram a semana pagando R$ 1/@ a menos para o boi e novilha gordos negociados nas praças de São Paulo, relata a Scot.
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Dessa maneira, o boi comum foi vendido a R$ 312/@, enquanto a novilha para abate saiu por R$ 303/@ (preços brutos e a prazo), apurou a consultoria paulista.
A cotação da vaca gorda ficou estável em relação à última sexta-feira (23), apregoada em R$ 290/@, nas mesmas condições de pagamento.
No entanto, embora o mercado tenha trocado de tendência, o comportamento de baixa ainda é tímido, e nem de longe lembra o forte movimento de alta da arroba registrado nos meses anteriores.
Nesta segunda-feira, como de costume, o mercado físico de boiada gorda abriu a semana com baixo volume de negócios, observa a IHS Markit.
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“Muitas unidades de abate optaram por ficar fora do mercado hoje para traçar melhor a estratégia de compra durante a semana”, ressalta a consultoria.
Segundo a IHS, os pecuaristas buscam alternativas para enfrentar o período de seca, que já atinge quase o Brasil inteiro – exceção para as áreas de pecuária no Norte e Nordeste.
Os principais obstáculos que os pecuaristas enfrentam são os altos custos de nutrição e da reposição, relata a IHS. Na bolsa de mercadorias B3, o preço futuro do milho, por exemplo, que já atinge R$ 104/saca de 60 kg (contratos para vencimento em maio/21).
Dessa maneira, observa a consultoria, o ambiente no mercado pecuário brasileiro favorece os grandes produtores, que realizaram aquisições antecipadas de insumos para nutrição ou trabalham com integração lavoura-pecuária.
“A dinâmica atual permite uma nova oferta de animais para recria, proveniente dos pecuaristas que não podem arcar com os custos de confinamento e são obrigados a alienar seus animais não terminados”, informa IHS.
Entre as principais praças pecuárias do Brasil, destaque para o Pará, que sofre bastante com gargalos logísticos relacionados ao excesso de chuva, que causaram paralisaram em estradas do Estado, informa a consultoria
Embarque de abril pode ser recorde para o mês – As exportações de carne bovina seguem em ritmo extremamente aquecido. O Brasil ruma rapidamente para o segundo mês seguido de recorde histórico de volume exportado, quando comparados ao mesmo período do ano passado, prevê a IHS.
A recente onda de valorização do real frente ao dólar não foi capaz de arrefecer a demanda externa, principalmente por parte dos países asiáticos, acrescenta a consultoria.
Queda da carne no atacado – No mercado atacadista brasileiro, foram observadas reduções de preço do dianteiro bovino e da vaca casada.
A segunda quinzena do mês, sazonalmente, trouxe pouca demanda por parte dos consumidores e, consequentemente, pouca reposição de estoques.
“A flexibilização do isolamento social pode mudar o cenário esta semana, assim como o grande aumento de preço das proteínas concorrentes”, observa a IHS Markit.
Cotações desta segunda-feira, 26 de abril, segundo dados da IHS Markit:
SP-Noroeste:
boi a R$ 317/@ (prazo)
vaca a R$ 301/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 301/@ (à vista)
vaca a R$ 288@ (à vista)
MS-C. Grande:
boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)
MS-Três Lagoas:
boi a R$ 302/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 294/@ (prazo)
MT-Tangará:
boi a R$ 304/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)
MT-B. Garças:
boi a R$ 306/@ (prazo)
vaca a R$ 2953/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 309/@ (à vista)
vaca a R$ 291/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 303/@ (à vista)
vaca a R$ 290/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 299/@ (prazo)
vaca R$ 286/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 286/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 307/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 293/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 286/@ (à vista)
vaca a R$ 276/@ (à vista)
RS-Porto Alegre:
boi a R$ 293/@ (à vista)
vaca a R$ 279/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 293/@ (à vista)
vaca a R$ 279/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 293/@ (prazo)
vaca a R$ 288/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 290@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 298/@ (prazo)
vaca a R$ 283/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 297/@ (prazo)
vaca a R$ 290/@ (prazo)
TO-Gurupi:
boi a R$ 294/@ (à vista)
vaca a R$ 286/@ (à vista)
RO-Cacoal:
boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 281/@ (à vista)
RJ-Campos:
boi a R$ 296/@ (prazo)
vaca a R$ 278/@ (prazo)
MA-Açailândia:
boi a R$ 291/@ (à vista)
vaca a R$ 270/@ (à vista)