A exportação de carne bovina pelo Brasil alcançou 248.061 toneladas em agosto, o que corresponde a um aumento de 16,5% em comparação com igual mês do ano passado.
No histórico das exportações brasileiras, foi o melhor resultado para agosto, informou a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
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Segundo a Abiec, em agosto de 2024, as exportações brasileiras de carne bovina para a União Europeia (UE) apresentaram um crescimento significativo de 27,9% em valor FOB, atingindo US$ 57,6 milhões. O volume exportado também registrou aumento de 27,7%, com 7.960 toneladas embarcadas. Esses números refletem a crescente demanda europeia por carne bovina brasileira, com destaque para a categoria in natura, que domina as exportações.
“A iminência da implementação das novas regras da EUDR (Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento, da UE, a partir de janeiro de 2025), previstas para janeiro, também aqueceram a demanda dos importadores”, avaliou, em nota, o presidente da Abiec, Antonio Jorge Camardelli.
Janeiro a agosto de 2024
No acumulado do ano, de janeiro a agosto, o Brasil já exportou 1,8 milhão de toneladas (+27,9% sobre o mesmo período de 2023), com faturamento de US$ 7,9 bilhões (+18,7%).
O Brasil exportou, em média, 226.700 toneladas mensais de carne bovina, o que corresponde a mais de 8 mil conteineres por mês, destinados a mais de 150 países. O faturamento, na média mensal, foi de quase US$ 1 bilhão. A China continua como o maior mercado, com embarques acumulados em 797 mil toneladas, o que representa um faturamento de US$ 3,5 bilhões.
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Os Estados Unidos importaram quase 122 mil toneladas, das quais 97 mil toneladas de carne in natura e o restante de carne industrializada. No total, em faturamento, foram US$ 725 milhões. Os embarques para os Emirados Árabes, importante hub de distribuição da carne em países como Irã, 113,5 mil toneladas, com faturamento de US$ 517 milhões.
O quarto maior destino do produto brasileiro, em 2024, foi Hong Kong, com volume de quase 83 mil toneladas e faturamento de US$ 270,4 milhões.
Filipinas, Rússia, Arábia Saudita, Argélia, México e Israel registraram significativo aumento das compras, entre janeiro e agosto de 2023 e 2024. As Filipinas tiveram um aumento de 50% no valor exportado e 61,9% em toneladas, passando de 35.974 toneladas em 2023 para 58.226 toneladas em 2024. A Rússia também apresentou um avanço significativo, com alta de 43,7% em valor e 49,9% em volume exportado, totalizando 56.765 toneladas em 2024.
A Arábia Saudita teve um crescimento de 24,8% em valor e 21,9% em toneladas. Países como Argélia e México registraram aumentos porcentuais impressionantes, tanto em valor quanto em toneladas, embora suas bases de comparação fossem baixas em 2023.
Por fim, Israel também se destacou, com crescimento de 19,4% em valor e 22,9% em volume exportado, atingindo 24.626 toneladas em 2024.
“Uma prova do bem-sucedido trabalho de promoção da carne bovina brasileira é o México, um dos mais recentes mercados abertos, onde desde então, as exportações crescem. No mês passado, estivemos lá em uma missão que incluiu um evento na embaixada do Brasil com as autoridades governamentais e diplomáticas mexicanas, mostrando o nosso modelo de produção, números e o potencial de incremento e consolidação desta parceria comercial”, exemplificou Camardelli.