Orgulho nacional, Embrapa comemora 50 anos

Empresa estatal é uma das impulsionadoras de um país que saiu da condição de importador de quase tudo que consumia para um dos maiores exportadores mundiais de alimentos

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A Embrapa abriu a semana de celebrações do seu cinquentenário com uma entrevista coletiva virtual do seu presidente Celso Moretti, na segunda-feira, 24.

Com o slogan “Seu futuro inspira a nossa ciência”, a Empresa presta contas à sociedade sobre suas principais realizações nas últimas cinco décadas.

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O executivo aproveitou também para anunciar novos lançamentos e apontar para o futuro com tecnologias de vanguarda, sempre com garantia à segurança e soberania alimentar da nação.

Nesta quarta-feira, dia 26, a empresa marca oficialmente o início dos próximos 50 anos. “A Embrapa é hoje uma empresa ágil, moderna, madura e antenada com o futuro da agropecuária”, reforça. Até aqui, o Brasil mostrou ao mundo que é possível alimentar ‘centenas de milhões’ de pessoas sem destruir o meio ambiente, tornando-se referência; e definiu em três pilares a base de sustentação de trabalho da Embrapa, em sua jornada.

Cinco marcos tecnológicos em cinco décadas – Ao revisitar o passado, Moretti destacou importantes conquistas como a tropicalização dos solos do Cerrado, entre os anos de 1973 e 1983, que trouxeram uma verdadeira revolução econômica para o bioma, mudando não só as perspectivas para as culturas agrícolas como também para o cultivo de pastagens.

Os outros marcos tecnológicos também revolucionaram. O executivo destaca como segundo o ocorrido entre os anos de 1983 e 1993. Foi o domínio da Fixação Biológica de Nitrogênio revolucionou a cultura da soja.

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Sua adoção resulta em economia de bilhões de dólares todos os anos para o Brasil ao dispensar a importação de fertilizantes nitrogenados.

Em 2022, a fixação biológica de nitrogênio na cultura da soja foi responsável por mais da metade do lucro social da Embrapa. No ano, os produtores de soja brasileiros deixaram de gastar mais de R$ 70 bilhões em fertilizantes nitrogenados.

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O terceiro marco ficou por conta da implementação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático concebido no período de 1993 a 2003. A tecnologia permite identificar as janelas de plantio em que há menor chance de frustração de safra devido a eventos climáticos adversos.

A ferramenta é crucial para o apoio à tomada de decisão no planejamento e execução de atividades agrícolas, políticas públicas e, em especial, à seguridade agrícola: concessão de crédito de custeio e de seguro agrícola, por parte do governo federal, o que tem contribuído com a redução de solicitações fraudulentas.

O quarto marco é o desenvolvimento da Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), entre 2003 e 2013, cuja implantação mexeu profundamente com a visão de negócios das propriedades, incremento à produtividade e reversão de terras degradas no País.

Nesta última década, de 2013 a 2023, a Embrapa investiu fortemente no desenvolvimento de pesquisas com bioinsumos.

Só nos últimos anos, foram lançados importantes bioprodutos que contribuíram para a redução do uso de fertilizantes químicos nas lavouras e para o controle de pragas e doenças nas plantas, sem o uso de agrotóxicos.

Balanço Social proeminente – Neste ano em que a Embrapa comemora 50 anos de sua criação, a edição do Balanço Social completa 26 anos de existência, registrando boa parte das contribuições da empresa à sociedade.

Publicado desde 1997, o levantamento testemunha o impacto das principais tecnologias desenvolvidas e transferidas à sociedade.

Em 2022, a instituição apresentou um lucro social de R$ 125,88 bilhões, gerados a partir do impacto econômico no setor agropecuário de apenas 172 tecnologias e de cerca de 110 cultivares desenvolvidas por pesquisas da Empresa. Foram gerados 95.171 empregos. Para cada R$ 1,00 aplicado na Embrapa em 2022, foram devolvidos R$ 34,70 para a sociedade.

Em 2021, a cada R$ 1,00 aplicado na Embrapa, foram devolvidos R$ 23,38. Entre os fatores que contribuíram para o expressivo aumento em relação ao ano anterior está o impacto econômico da tecnologia Fixação Biológica do Nitrogênio na cultura da soja, pois os produtores de soja brasileiros economizaram mais de R$ 72 bilhões, deixando de comprar fertilizantes nitrogenados e utilizando o FBN.

Confira a íntegra da entrevista; clique AQUI.

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