A JBS anunciou nesta terça-feira (21) o aporte de R$ 10,2 milhões em um novo CRA lastreado no programa “JUNTOS: Pessoas+Floresta+Amazônia”.
O CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), título emitido pela empresa focada em nature-based Rio Capim Agrossilvopastoril, será estruturado pela Vox Capital e prevê uma emissão total de R$ 100 milhões, sendo a primeira nesta semana, de R$ 50 milhões, e a segunda, em 2025, no mesmo valor.
A expectativa do programa, lançado ano passado pelo Fundo JBS pela Amazônia, é que sejam alavancados mais de R$ 900 milhões via blended finance ao longo desse período, com melhoria do perfil de risco e retorno da operação e aumento da atratividade do setor privado.
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Segundo comunicado à imprensa, a cota assumida pela JBS é a parcela de capital com menor prioridade de retorno – conhecida em inglês como first-loss capital.
“Esse projeto é absolutamente disruptivo e tem um poder transformacional para a pecuária brasileira. Colocar o foco em produtividade para aumentar a sustentabilidade é o que vai garantir o engajamento nesse processo de transformação”, avalia, em nota, Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS.
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“Por que o produtor rural não investe em genética e manejo do solo? Porque não tem capital nem assistência técnica. É aí que entra o programa Juntos. Acreditamos tanto neste modelo de desenvolvimento socioambiental que vamos entrar com a cota de maior risco para provar que ser sustentável é mais lucrativo”, completa.
De acordo com a empresa, os valores serão aplicados no atendimento de 3.500 pequenos criadores de gado atuantes na área da Amazônia Legal, oferecendo consultoria sobre o uso da terra, aumentando a rentabilidade e freando o desmatamento ilegal do bioma.
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“Estamos viabilizando a operação para gerar impacto positivo por meio de negócios que sejam inclusivos e ambientalmente sustentáveis para a Amazônia, e, ao mesmo tempo, que tenham retorno financeiro. Queremos que a Faria Lima veja retorno ao investir no pequeno produtor com toda a segurança necessária, dentro de um novo padrão de modelo de negócio”, afirma Andrea Azevedo, diretora-executiva do Fundo JBS pela Amazônia.
O CRA conta com um diferencial considerado raro no mercado financeiro: a existência de um comitê de risco e impacto. A frente será formada pela Vox, a Rio Capim e um integrante independente com a função de acompanhar as questões operacionais viabilizadas pelo programa “JUNTOS”. O comitê vai verificar o resultado das mitigações alcançadas e informá-las aos investidores interessados.
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A empresa Rio Capim foi a primeira empresa apoiada com seed money pelo programa “JUNTOS: Pessoas+Floresta+Amazônia”. O projeto está em fase inicial. A Rio Capim tem como meta atender 150 famílias do Pará ainda neste ano, e 250, a partir de 2025.
Em dez anos, informa a JBS, a meta é chegar a 3,5 mil famílias assistidas. A ideia em conjunto com o Fundo JBS pela Amazônia é implantar hubs de negócios que deem suporte ao pequeno produtor em todas as etapas necessárias para uma pecuária de baixo carbono na Amazônia Legal, com apoio ainda à implantação da rastreabilidade animal desde o início da vida do gado. O projeto também incentiva a normalização socioambiental da propriedade, quando necessário.
Fonte: Ascom JBS