Incrustação de sementes, agora com tratamento biológico

Matsuda lança tecnologia que promete ser um marco na agricultura sustentável. Trata-se do 1º tratamento para sementes de forrageiras com a bandeira da sustentabilidade.

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Foto: Ivaris Jr.

O nome comercial é “Gold Green Star” e foi lançado em evento na casa da Matsuda, em Alvares Machado (SP), no dia 29 de novembro. O produto consiste em sementes de gramíneas encrustadas com tratamento biológico, cujo revestimento está livre de microplásticos, resíduo totalmente indesejado no que diz respeito à preservação do meio ambiente.

Em meio a hospitalidade das famílias que compõem a diretoria do Grupo Matsuda, especialistas apresentaram a nova tecnologia que ainda será aplicada em diversos outros produtos envolvendo sementes comercializadas. Este novo tratamento é aplicado em sementes de alta pureza, escarificadas, de alta viabilidade e germinação.

Ações diretas – Viviane Cacefo (foto), engenheira agrônoma e doutora em agronomia do setor de pesquisa da empresa, enumera as vantagens.

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Foto: Ivaris Jr.

“São sementes incrustadas com produtos organominerais livres de microplásticos, que levam tratamento com nematicida e fungicida biológicos, que produzem um biofilme nas raízes das plantas, evitando a entrada de nematoides e posteriormente de fungos”.

Tudo isso porque ocorre uma produção de compostos voláteis que afetam o ciclo de vidas dos nematoides (sua mobilidade, a capacidade reprodutiva e a eclosão de ovos) levando-os à morte.

Por outro lado, há uma produção de substâncias que estimulam o desenvolvimento do sistema radicular, melhorando a tolerância à seca e o desenvolvimento.

O uso dessas “sementes de alto valor”, segundo Viviane, traz consigo “a bandeira da sustentabilidade e amizade ao meio ambiente, fatores que são considerados durante a negociação de empréstimos financeiros e no momento da comercialização”.

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Mais produtividade e lucratividade – Conforme Alberto Takashi Tsuhako (foto), também engenheiro agrônomo e responsável técnico pelo Departamento de Sementes, a nova tecnologia em carece em até 10% o custo da semente.

Mas ele “não se preocupa com isso, pois os benefícios pagam de imediato o investimento e geram produtividade que garante maior lucratividade”.

Foto: Ivaris Jr.

Para ter uma ideia, segundo informação da SBN de 2023, os prejuízos causados na agropecuária pelos nematóides é de R$ 35 bilhões. Por sua vez, os fungos provocam o apodrecimento do sistema radicular das plantas em geral. Logo, o produto lançado vem para combater as duas pragas, de forma biológica.

Essas sementes mostraram que a germinação é maior (62 contra 68%) cerca de 10%, com incremento de 80% na massa seca aérea, em 60 dias, e 67% em três meses.

Além disso, com uma planta mais vigorosa, aumenta-se sua longevidade e qualidade nutricional. Por essas vantagens é que Takashi chama a nova tecnologia de investimento.

Entendendo a sustentabilidade – A incrustação lançada está de acordo com as exigências do rigoroso mercado europeu, que é o tratamento livre de microplástico.

Esta micropartícula plástica possui menos de 5 mm e tem caráter onipresente em diversos locais do mundo, desde o ar que respiramos até nos ambientes terrestre e marinho.

Pode ser encontrada no sal marinho, no mel, na água da torneira e engarrafada, nos frutos do mar, nos peixes, na cerveja e em todos os cosméticos. Cientistas japoneses da Universidade Kyushu, estimam a existência de 24,4 trilhões de partículas de microplásticos nas camadas mais superficiais dos oceanos do mundo, o equivalente a cerca de 30 bilhões de garrafas plásticas de água de meio litro.

A revista Science publicou em 2020 um artigo de Janice Brahney, bioquímica da Universidade Estadual de Utah (EUA), que estimou que 11 bilhões de toneladas de plásticos se acumularão no meio ambiente até 2025.

De acordo com a empresa, esta nova tecnologia de incrustação de sementes é amigável ao meio ambiente por estar livre destas micropartículas (Foto: Ivaris Jr.)

Parceiros de inovação – Neste tratamento ainda são utilizados organominerais na incrustação livre de microplásticos, , com a tecnologia Incotec, empresa holandesa com 55 anos de atuação, no Brasil há 24 anos. As sementes da série Gold Green Star colaboram com o produtor rural na busca da sustentabilidade e na preservação do meio ambiente.

O outro parceiro assinando o produto é a Vittia, empresa cinquentenária que se dedicada à produção de insumos de alta tecnologia para a agricultura, contando com diversos deles nas linhas inoculantes, adjuvantes, acaricidas, condicionadores de solo, defensivos biológicos (macro e microorganismos), fertilizantes foliares, fertilizantes organominerais, micronutrientes granulados para solo e sais para agricultura e pecuária.

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