Frigoríficos continuam ausentes das compras de gado

Dificuldade no escoamento da carne bovina e o avanço nas escalas de abate colocam as indústrias frigoríficas brasileiras em compasso de espera

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Na semana encurtada pelo feriado nacional desta sexta-feira (21/4), o volume de negócios no mercado físico do boi gordo continuou esparso nesta quinta-feira, informou a S&P Global.

“Com escalas de abate minimamente preenchidas até o começo de maio, boa parte das indústrias frigoríficas optou por ficar fora das compras de animais terminados”, afirma a consultoria, que acrescenta: “O consumo interno fraco e o baixo fluxo de embarque de carne bovina elevaram a cautela dos compradores”.

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Ao mesmo tempo, continua a S&P Global, a oferta de animais gordos continua avançando nas regiões pecuárias, impulsionada pelo aumento do descarte de vacas.

“Normalmente, neste período do ano, há um movimento de descarte de fêmeas, devido ao final da estação de monta. Porém, os baixos preços dos bezerros pressionaram as margens da atividade de cria, estimulando ainda mais a venda de vacas aos frigoríficos”, observa a S&P Global.

Segundo a consultoria, provavelmente, muitos pecuaristas estão reduzindo o contingente de animais nas propriedades, antecipando um movimento que seria iniciado com maior ênfase a partir de maio, quando a oferta de massa verde nas fazendas tende a cair, em razão da redução dos índices pluviométricos nas regiões Norte e Centro-Oeste do País.

Diante deste contexto, diz a S&P Global, as indústrias frigoríficas agora dispõem de escalas de abate longas e alegam preocupações com a capacidade de escoar a produção de carne bovina no curtíssimo prazo.

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Com isso, reforça a S&P Global, algumas unidades industriais relataram que a melhor estratégia é aguardar alguma resposta mais consistente da demanda pela carne bovina para retornar às compras de boiadas gordas.

De acordo com apurações da Scot Consultoria, na véspera de feriado de Tiradentes (21/4), o mercado do boi gordo apresenta poucos negócios, com boa parte dos compradores fora das compras.

Dessa forma, no mercado paulista, o boi gordo segue valendo R$ 272/@, enquanto a vaca e a novilha gorda são negociadas por R$ 252/@ e R$ 267/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), segundo a Scot.

A cotação do “boi-China” permaneceu em R$ 275/@ em São Paulo, com ofertas de compra abaixo da referência e praticamente sem ágio em relação ao valor da arroba do boi “comum” (direcionado ao mercado interno), acrescenta a consultoria.

Região de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul – A semana termina com queda da cotação do boi gordo em R$ 5,00/@, acumulando uma queda de R$15,00/@ ao longo da semana.

Ainda avaliando as nuances do mercado, a ponta compradora tem realizado pouco volume de compras nos preços vigentes, porém a entrada da entressafra deve fazer prevalecer a pressão de baixa sobre a cotação.

A cotação para boi, vaca e novilha está em R$ 260/@, R$ 245/@ e R$ 250/@, respectivamente, preços brutos e a prazo. Para o “boi China”, queda acumulada de R$ 10/@, com ofertas sem ágio em relação ao mercado interno, estando apregoada em R$ 260/@, preço bruto e a prazo.

VÍDEO | Mercado Pecuário | Quais as tendências para o segundo trimestre de 2023 na pecuária de corte?

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta quinta-feira, 20/4
(Fonte: S&P Global)

SP-Noroeste:

boi a R$ 276/@ (prazo)
vaca a R$ 248/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 264/@ (à vista)
vaca a R$ 241/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 225/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 244/@ (à vista)
vaca a R$ 219/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca R$ 229/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 229/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 221/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 234/@ (à vista)
vaca a R$ 225/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 279/@ (à vista)
vaca a R$ 246/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 233/@ (prazo)
vaca a R$ 219/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 247/@ (prazo)
vaca a R$ 234/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)

RO-Cacoal:

boi a R$ 231/@ (à vista)
vaca a R$ 210/@ (à vista)

MA-Açailândia:

boi a R$ 241/@ (à vista)
vaca a R$ 212/@ (à vista)

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    Fonte: Scot Consultoria

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